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    Banco Barclays considera economia moçambicana com “uma boa aposta”

    O banco britânico Barclays considerou hoje a economia moçambicana “uma boa aposta”, apesar de fortemente influenciada pela banca portuguesa, que a instituição financeira pretende evitar por receio de contágio, por alegado “risco de redenominação”.

    Na semana passada, o Barclays reduziu em 22 por cento a exposição aos países do euro em dificuldades, como Portugal, nos primeiros seis meses do ano, alegando “risco de redenominação”, ou seja, saída do euro, destes países.

    O “risco de redenominação” é explicado pelos financeiros do banco com as potenciais perdas com a mudança de divisa destes países para moeda local e consequente desvalorização.

    A maior quota da banca moçambicana é detida por bancos de capitais de origem portuguesa.

    Questionado hoje Lusa em Maputo sobre o impacto da medida adotada a Portugal na economia moçambicana, o administrador delegado do Barclays em Moçambique, Faisal Mkize, considerou que “qualquer companhia que opera em Moçambique detida por capitais da zona euro sofrerá o impacto de alguma forma”.

    Mas, lembrou que “a economia moçambicana tem crescido sete por cento ao ano e nos próximos será oito por cento de Produto Interno Bruto (PIB)”, pelo que “é claro que esta economia merece uma aposta do Barclays”.

    O objetivo do Barclays “é trazer mais capital e investimento” a Moçambique, até porque “o PIB tem crescido na SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e este país é um futuro destinatário para os investimentos estrangeiros. Acho que não há motivos para estar preocupado”, disse Faisal Mkize.

    O banco inglês realizou hoje o primeiro Fórum Económico sobre as últimas tendências que estão a marcar a Economia Global e Perspetivas Macroeconómicas da África Subsaariana, incluindo Moçambique um dos países cujo “ambiente de negócios é positivo”.

    A nível mundial, o quarto maior banco britânico já suprimiu 2.100 empregos na banca de investimento, gestão de fundos e banca privada, uma medida que, no entanto, não terá reflexo em Moçambique, garantiu à Lusa Faisal Mkize.

    “Basicamente, sobre Moçambique, temos um plano claro. Não temos um plano para redução de pessoal, temos um plano para ver como melhor gerir o pessoal. Se acontecer alguma redução, isso acontecerá num processo normal de gestão, mas estamos estáveis para manter o quadro de pessoal”, assegurou.

    FONTE: Lusa

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