Luanda – A Direcção Nacional de Biodiversidade do Ministério do ambiente está desde hoje (segunda-feira) a capacitar os seus quadros para a identificação das principais rotas de migração de aves aquáticas, com vista a sua conservação.
O facto foi avançado hoje (segunda-feira) à Angop pelo chefe de departamento da Biodiversidade do Ministério do Ambiente, Nascimento António, à margem do seminário internacional sobre rotas migratórias de aves aquáticas, que decorre em Luanda até sexta-feira.
Nascimento António referiu que há necessidade de se conhecer melhor as rotas migratórias das aves aquáticas e conservá-las devido aos vários riscos que as mesmas enfrentam, em função da acção humana e outras catástrofes naturais.
“Há relatos factuais da morte de diversas espécies de aves migratórias em Angola. Muitas, sobretudo as maiores, sobrevoarem ao longo da costa e também tomam rumo ao interior, onde se deparam com cabos eléctrico, edifícios altos, painéis solares e canais de drenagem”, deu a conhecer.
Com base nesta realidade, defendeu a necessidade do estudo de avaliação ambiental em qualquer projecto, para se evitarem danos às principais rotas migratórias.
As áreas como a foz do rio Tchiluango (Cabinda), Sacos dos Flamingos (Luanda), restinga do Lobito (Benguela), lagoa do Arco e Baia dos Tigres (Namibe), lagoa do Carumbo (Lunda Norte) e zonas húmidas da província do Kuando Kubango, foram as regiões apontadas pelo responsável como rotas mais utilizadas pelas aves aquáticas migratórias em Angola.
“Angola constitui uma das principais rotas de transição de aves migratórias entre a África Austral e o Norte do continente Africano, por isso temos que definir uma estratégia para sua conservação”, afirmou Nascimento António.
“Com frequência, é possível observar nas zonas húmidas ao longo da costa, numa extensão de mil 650 quilómetros, e nos rios do interior do país, aves como flamingos, pelicanos, garças, cegonhas brancas, grus e outras”, acrescentou.
No seminário internacional sobre rotas de migração de aves aquáticas participam, além de técnicos angolanos, de Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
Realizado no quadro das celebrações do Dia Nacional do Ambiente, a assinalar-se a 31 do mês em curso, o evento é promovido pelo Ministério do Ambiente, em parceria com o Acordo Internacional sobre Aves Aquáticas Migratórias (AEWA).
A actividade conta com especialistas internacional ligados às agências dos sistema das Nações Unidas ligadas ao ambiente. (portalangop.co.ao)