O primeiro-ministro israelita pediu hoje aos dirigentes dos países bálticos para o ajudarem a convencer a União Europeia a reforçar a pressão sobre o Irão e criticou um plano de ajuda de Bruxelas a Teerão.
“Sem vergonha, pedi a ajuda dos meus amigos aqui para corrigir o que penso ser uma opinião distorcida, uma visão distorcida de Israel na UE”, declarou Benjamin Netanyahu, durante uma conferência de imprensa conjunta com os seus homólogos estónio, letão e lituano, em Vilnius.
“Um dos assuntos que não é completamente compreendido” pela UE é a política israelita em relação ao Irão, considerou o chefe do governo israelita, adiantando que “a decisão tomada ontem (quinta-feira) pela UE de atribuir 18 milhões de euros ao Irão é um erro grave”.
A ajuda ao Irão é destinada a projectos visando o desenvolvimento económico e social sustentável e inclui oito milhões para o sector privado.
Os projectos são os primeiros de um pacote de assistência de até 50 milhões de euros, incluído nos esforços da União para apoiar o acordo nuclear com o Irão, que os Estados Unidos abandonaram em maio, após o que restabeleceram as sanções contra a República Islâmica.
“Todos os países deviam unir esforços para restabelecer as sanções contra o Irão para o pressionar a parar a agressão e a evitar as suas actividades terroristas”, declarou Netanyahu.
O primeiro-ministro lituano, Saulius Skvernelis, disse ter proposto discussões entre os ministros do Interior da UE e de Israel sobre a ameaça terrorista.
Netanyahu iniciou na quinta-feira uma visita de quatro dias à Lituânia, a primeira de um chefe do governo de Israel ao país, visando reforçar as relações bilaterais e conseguir apoio para os interesses de Israel no Médio Oriente.
Os primeiros-ministros letão e estónio juntaram-se hoje aos homólogos lituano e israelita em reuniões. (Notícias ao Minuto)
por Lusa