Juros agravam-se na Zona Euro. Apenas Itália escapa
Os juros da dívida soberana estão a agravar-se na Zona Euro, contrariando a tendência de alívio registada no início da sessão. Apenas os juros da dívida italiana escapam ao agravamento, estando a cair 0,9 pontos base para 4,679%.
A “yield” das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Europa – agravam 13,6 pontos base para 2,325%, enquanto os juros da dívida francesa sobem 11,1 pontos base para 2,902% e os juros da dívida espanhola avançam 7,7 pontos base para 3,472%.
Por cá, os juros da dívida soberana portuguesa crescem 8,1 pontos base para 3,369%.
Já fora da Zona Euro, a “yield” da dívida soberana britânica avança 24,3 pontos base para 4,466%
Euro cede perante força do dólar
O euro está a ceder perante o dólar, que ganhou novo impulso após a divulgação dos dados do emprego nos Estados Unidos, que dão conta da criação de 263 mil empregos no mês passado. Trata-se do valor mais baixo desde abril de 2021, mas, ainda assim, acima das estimativas dos analistas (255 mil).
A moeda única desce 0,11% para 0,9733 dólares.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde com 10 divisas rivais – avança 0,37% para 113.173 pontos, com o dólar a valorizar face a praticamente todas as moedas concorrentes.
Já a libra esterlina, que durante o dia recuperou algumas das perdas após o anúncio de que o plano fiscal do governo britânico será apresentado a 31 de outubro, cede 0,3% para 1,1057 dólares.
Ouro cede mais de 1% pressionado pelo dólar
O ouro prolongou as perdas desta manhã, depois de ter caído abaixo dos 1.700 dólares por onça na passada semana, pressionado pela criação de postos de trabalho nos Estados Unidos acima do esperado em setembro. Os bons dados colocaram fim à expetativa de uma redução do ritmo das subidas das taxas de juro, uma vez que mostram que a economia norte-americana continua resiliente.
O ouro desvaloriza 1,13% para 1.675,61 dólares por onça, ao passo que a platina cede 0,91% para 908,50 dólares e o paládio sobe 2,35% para 2.246,29 dólares.
O metal amarelo, que costuma ser o ativo-refúgio de excelência dos investidores em tempos conturbados, está a ser pressionado pelo dólar, que segue em alta esta segunda-feira.