Depois da participação na primeira edição dos jogos da SADC, em Maputo, Moçambique, hoje jogos da região 5 da União Africana, em que ficou na nona posição na classificação geral, Angola vem mostrando a sua força desportiva nesta região ao longo dos anos, tendo chegado ao pódio na última edição (VI jogos), decorrida em Bulawayo, no Zimbabwe, em 2014.
Apesar do objectivo ser de fomentar a unidade regional, diferente de muitos eventos desportivos, onde cortar a meta em primeiro é o principal objectivo, os contendores tudo fazem para terem uma boa prestação, e os angolanos não vão ficando atrás neste quesito, melhorando, sempre que possível, a sua representação a cada edição, onde o domínio pertence aos sul-africanos.
Na edição piloto, em 2004, Moçambique foi aplaudido na região por mostrar coragem na organização do evento, após outros países terem recusado a proposta do Conselho Supremo para o Desporto em África, organismo oficial responsável pela implementação de todas as actividades desportivas da SADC, em conformidade com o Protocolo sobre Cultura, Informação e Desporto.
Nesta primeira edição, Angola fez-se representar por 137 atletas nas modalidades de basquetebol (masc/fem.), futebol (masc/fem.), atletismo, boxe e os paralímpicos, tendo amealhado seis medalhas, sendo duas de ouro, três de prata e uma de bronze, que lhe valeram a nona posição.
O ouro coube ao basquetebol masculino e atletismo adaptado nos 200 metros planos. O basquetebol e futebol, em femininos, e o boxe em masculino arrebataram a prata, enquanto o paralímpico feminino levou o bronze.
Já em 2006, na Namíbia, na segunda edição, apesar dos embaraços na preparação das respectivas selecções, com pouco tempo de treinos e atrasos na inscrição, Angola voltou a conquistar seis medalhas, mas desta vez três foram de ouro e igual número de prata, numa prova em que estreou a modalidade de Netball para ganhar experiência.
No país de San Nujoma, as medalhas de ouro foram conseguidas pelo basquetebol (uma) e boxe (duas), em masculino, e a prata pelo basquetebol e futebol feminino e uma no desporto adaptado.
Ainda à procura do seu espaço nesta região sul do continente africano, a representação nacional foi à África do Sul, em 2008, na terceira presença, com uma delegação de 120 elementos e ocupou a modéstia sétima posição, com uma medalha de ouro no basquetebol masculino, uma de prata no feminino e quatro de bronze.
Swazilândia2010 – Angola ameaça pódio
A alerta da aproximação do poderia de Angola veio dar-se na quarta edição, na Swazilândia, em 2010, quando alcançou a quarta posição no geral, com a conquista de seis medalhas, sendo quatro de ouro, uma de prata e outra de bronze.
Com 150 atletas, a representação angolana acabou, com todo o mérito, por deixar aquele país com o sentimento do dever cumprido, dado que viu melhorada a sua posição no quadro geral de medalhas, em comparação à edição anterior, subindo três degraus.
Futebol masculino, basquetebol, tanto em masculinos, tanto em femininos, subiram ao lugar mais alto do pódio. Em termos individuais, o destaque recai para a atleta paralímpica Esperança Gikasso, na classe T12. A jovem atleta angolana conquistou três medalhas, sendo uma de ouro e as restantes de prata e bronze.
Quando tudo apontada para uma melhoria na classificação, os jogos a seguir foram uma decepção para os angolanos, que baixaram dois lugares na Zâmbia, em 2012, apesar das cinco medalhas de ouro e duas de bronze conquistadas pelo judo.
Bulawayo/Zimbabwe – Finalmente o pódio
Com uma caravana de 172 indivíduos, entre atletas, técnicos, dirigentes e jornalistas, com o lema “Angola no Zimbabwe vencendo com Fair Play”, os angolanos desfilaram todo o seu perfume em terras de Robert Mugabe e terminaram na terceira posição, numa prova ganha, como sempre, pela África do Sul.
Primeira vez no pódio desde o início dos jogos, contribuíram para o feito as modalidades de basquetebol (masculino e feminino), atletismo adaptado (três de ouro, quatro de prata e uma de bronze), atletismo (uma de bronze), boxe (duas de ouro e uma de bronze) e Judo (três de ouro).
Depois deste feito, Angola, com certeza, vai querer manter-se entre os melhores, aproveitando-se desta edição que o país acolhe a partir de sexta-feira para ultrapassar as adversidades.
Destinados a atletas até vinte anos de idade, os VII Jogos da Região 5 vão decorrer de 9 a 19 por pouco mais de dois mil participantes, entre atletas, técnicos e oficiais dos 10 países membros.
As delegações estarão instaladas na Escola Superior da Polícia, a sul da cidade, a escassos quilómetros de dois recintos de jogos: o estádio 11 de Novembro e o Pavilhão Multiusos de Luanda.
Participam nos Jogos da Região 5 Angola, África do Sul, Botswana, Lesotho, Malawi, Moçambique, Namíbia, Swazilândia, Zâmbia e Zimbabwe. (ANGOP)