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    Seis palestinos mortos em operações das forças israelitas na Cisjordânia

    Seis palestinos morreram e 20 ficaram feridos nesta terça-feira em várias operações das forças de Israel em Nablus, na Cisjordânia ocupada, informou o ministério palestino da Saúde.

    O ministério anunciou em um primeiro momento que três pessoas morreram e 19 ficaram feridas, três delas em estado grave, em Nablus. Horas mais tarde, a pasta informou mais três palestinianos faleceram, em Nablus e Ramallah, no centro da Cisjordânia, onde fica a base da Autoridade Palestina de Mahmud Abbas.

    O exército de Israel confirmou em um comunicado que efetuou uma operação em conjunto com a polícia contra “o quartel-general e uma unidade de fabricação de armas” do novo movimento de combatentes palestinos chamado “Cova dos Leões” (Aren al Usud, em árabe) em Nablus.

    Na operação, “vários suspeitos armados foram atingidos por tiros das forças israelenses”, afirma a nota.

    O primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, declarou à rádio pública Kan que um dos líderes do grupo palestino, Wadih al Houh, morreu nas operações.

    “Eles precisam saber que os encontraremos onde estiverem. Israel nunca vai parar de agir por sua segurança e faremos o que precisa ser feito”, disse. “O objetivo é reduzir o terrorismo e garantir que não atinja os cidadãos israelenses”.

    O presidente palestino Abbas iniciou “contatos urgentes para acabar com a agressão”, segundo seu porta-voz Nabil Abu Rudeinah.

    Nas últimas semanas aumentou o protagonismo do grupo “Cova dos Leões”, que recebeu este nome em homenagem a Ibrahim al Nabulsi, jovem combatente que era chamado de “Leão de Nablus” e morreu no início de agosto em uma operação das tropas israelenses.

    Formado por jovens combatentes palestinos, alguns deles vinculados a movimentos como Fatah, Hamas e Jihad Islâmica, o grupo começou a executar ataques contra Israel a partir de Nablus, cidade importante no norte da Cisjordânia ocupada.

    – “Crimes de guerra” –

    O grupo reivindicou o ataque que matou um soldado israelense há duas semanas na Cisjordânia.

    O comunicado do exército do Estado hebreu afirma que o grupo é responsável por várias ações contra o país e o acusa de “recrutar, planejar e executar ataques contra civis inocentes israelenses”.

    Em resposta, o exército de Israel reforçou a presença e em Nablus e estabeleceu postos de controle para identificar as pessoas que deixam a cidade. Também vigia a região com drones.

    No sábado, um combatente da “Cova dos Leões”, Tamer al Kilani, morreu em Nablus na explosão de uma bomba detonada à distância pelo exército israelense.

    A Jihad Islâmica palestina afirmou em um comunicado divulgado nesta terça-feira que seus combatentes estavam envolvidos em confrontos violentos com as forças israelenses em Nablus e ameaçou o Estado hebreu de “represálias contra os crimes”.

    A violência aumentou nos últimos meses no norte da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, em particular nas áreas de Nablus e Jenin.

    As forças israelenses intensificaram as operações nas duas cidades desde março, após ataques mortais no país.

    As operações, muitas vezes marcadas por confrontos com a população palestina, deixaram mais de 100 mortos entre os palestinianos, o maior balanço de vítimas fatais na Cisjordânia em quase sete anos, segundo a ONU.

    A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional pediu nesta terça-feira que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue possíveis “crimes de guerra” cometidos em agosto pelas tropas de Israel e militantes palestinos durante combates sangrentos em Gaza.

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    FonteAFP

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