Um recorrente protesto na Rússia realizado simbolicamente a cada dia 31 levou, esta sexta-feira, a polícia a prender cerca de 25 manifestantes, em Moscovo. Entre os detidos, estava o conhecido opositor ao governo de Vladimir Putin e líder do movimento “Outra Rússia”, Eduard Limonov, que não participou no protesto desde o início, mas foi preso assim que chegou à praça Triumphalnaya, um dos habituais locais de protesto dos críticos do governo.
O grupo foi intercetado pela polícia quando procurava chamar a atenção para o Artigo 31 da Constituição russa, que, acusam, não está a ser respeitado pelo Kremlin. O artigo em causa dá aos cidadãos o direito a realizarem comícios públicos, mas o governo procura controlar esse tipo de atividades e criou leis que obrigam a que todas as manifestações tenham de obter uma autorização prévia para se realizarem, o que raramente é concedido, alegam os protestantes.
Ostentando cartazes e gritando “a Rússia há de ser livre”, os protestantes concentraram-se numa conhecidas praça de Moscovo utilizada habitualmente para os eventos da oposição ao governo. O grupo acusa o presidente Vladimir Putin de querer reprimir as críticas ao governo, acusando-o de ter inclusive reforçado em 2012 a legislação e agravado as penalizações para quem organiza e participa em manifestações não autorizadas.
Há vários anos que o apelidado “Movimento 31” realiza protestos no dia 31 de cada mês que o têm – o próximo será em março. (euronews.com)