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    Projecto imobiliário na marginal de Luanda aberto a investidores externos

    (Foto: Revista Volta ao Mundo)
    (Foto: Revista Volta ao Mundo)

    O projecto imobiliário na marginal de Luanda, no valor de mil milhões de euros e apresentado na sexta-feira em pormenor na capital angolana, está aberto a investidores externos, disse à Lusa o vice-presidente da sociedade de gestora.

    Carlos Silva, que é também presidente do Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico, destacou a “estabilidade macroeconómica” que Angola vive, para justificar a adesão de mais investidores ao projecto, cujo desenvolvimento imobiliário pretende ser uma referência urbana” no continente africano.

    “Temos sociedades com investidores chineses, portugueses, espanhóis e angolanos. É um investimento que assenta na requalificação de uma das zonas mais emblemáticas do país, devolvendo à cidade todo o equilíbrio ecológico e para termos uma ideia do que se vai passar aqui onde estamos, neste pedaço de terra conquistado à baia, faz parte da contrapartida pela requalificação, apenas metade do espaço [nove hectares] tem edifícios, o resto são zonas verdes”, salientou.

    Carlos Silva recordou que os atuais indicadores económicos “conferem grande segurança para esta oportunidade de investimento”.

    “A taxa de crescimento para os próximos anos, este ano de mais 5 por cento e a taxa de inflação, que este ano manterá o valor histórico de 9 por cento, conferem uma grande segurança para esta oportunidade de investimento, se acrescentarmos a isso a dinâmica que temos estado a verificar na diversificação da nossa estrutura do Produto Interno Bruto, permite-nos olhar com grande confiança para o investimento neste sector imobiliário”, acrescentou.

    O principal argumento da Sociedade Baía de Luanda (SBL), que gere o projecto, cujos primeiros 25 edifícios foram apresentados na sexta-feira, num investimento global de mil milhões de euros, é o facto da construção civil ser um dos sectores, não petrolíferos, que mais investimento estrangeiro capta em Angola, com uma quota de cerca de 35 por cento.

    Os principais acionistas da SBL são a petrolífera angolana Sonangol, o Banco Privado Atlântico, o Banco Comercial Português e a Finicapital, um investimento de cerca de 300 milhões de euros no projecto de requalificação, e que se espera venha a ser recuperado em 10 anos.

    As áreas de construção da SBL totalizam 494 mil metros quadrados, distribuídos por três parcelas, ao longo da marginal, incluindo o futuro Centro Financeiro.

    Para Miguel Carneiro, administrador-executivo da SBL, a oferta de escritórios está justificada pela procura do mercado, desvalorizando a contínua construção de novos edifícios em Luanda, de tipologia de serviços.

    “Há muitos edifícios a serem construídos na baixa de Luanda, no entanto, não há metros quadrados disponíveis. Esses mesmos edifícios já têm os seus metros quadrados ocupados. A maior parte destes edifícios só arrancaram a sua construção quando já tinham as vendas realizadas”, salientou.

    Citando casas de avaliação e monitorização do mercado imobiliário em Angola, Miguel Carneiro adiantou que “a procura se mantém, a economia angolana vai continuar a crescer, o sector da construção, o sector dos serviços, todo o sector não petrolífero está a crescer em Angola, nomeadamente no plano de desenvolvimento do sector industrial”.

    Miguel Carneiro disse ainda que a SBL estima o valor do metro quadrado na zona de intervenção do empreendimento entre 2.180 e 3 mil euros, abaixo e acima do solo e incluindo o valor do terreno.

    “É importante realçar que o projecto Baía de Luanda no seu conceito tem exactamente esta preocupação em oferecer ao mercado o metro quadrado a um valor o mais eficiente possível. O valor do metro quadrado dos terrenos na Baía de Luanda situa-se nos 650 euros o metro quadrado”, disse. (Lusa / Expansão)

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