Um tribunal polaco sentenciou nesta terça-feira a quatro meses de prisão uma mulher considerada culpada de matar 2 milhões de abelhas pelo uso excessivo de um pesticida contra mosquitos.
A mulher, identificada pelo tribunal como Joanna S., devido a leis de privacidade, era encarregada de uma operação mata-mosquitos em 2010. Naquele ano, inundações registadas numa cidade vizinha estimularam um nascimento anormal de mosquitos em águas paradas. Joanna usou um pesticida sem autorização do Ministério da Saúde do país para eliminar o insecto.
“A operação (mata-mosquito) também poderia ter custado vidas humanas”, disse Lucjan Furmanek, director da associação de apicultores de Gorlice, sudeste da Polônia. “Eu espero que a decisão do tribunal evite outros desastres ambientais”, acrescentou, segundo a agência de notícias polaca PAP.
A decisão do tribunal de Gorlice permite que apicultores possam entrar com uma acção civil por danos vinculados à morte maciça de abelhas, que se seguiu à operação de pulverização do insecticida.
Abelhas em extinção —A população de abelhas está em declínio em vários países. O uso de pesticidas é uma das causas desse fenômeno, identificado em 2006 e baptizado de colony collapse disorder (síndrome do colapso da colônia). De 2012 para 2013, 31% das abelhas americanas desapareceram. Na Europa, segundo um levantamento do Coloss, rede de cientistas de mais de 60 países que estuda o sumiço das abelhas, algumas regiões perderam até 53% das suas colônias nos últimos anos. (rm.co.mz)
