O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Paulo Luvualo, afirmou hoje que a organização esta preocupada com a proliferação de postos e centros médicos que não cumprem com as normas emanadas pelo Ministério da Saúde, o que se torna um risco para saúde pública.
O responsável falava na abertura do III encontro Nacional de reflexão de enfermagem que decorre hoje, sábado, na Universidade Jean Piaget, município de Viana, em Luanda.
Por isso, continuou, “chamamos a atenção das autoridades competentes para uma actuação mais eficiente e forte para a fiscalização do cumprimento das normas legais”.
Os profissionais de enfermagem que prestam serviços no país, recordou, devem estar credenciados mediante a carteira/cédula pela Ordem, o que vai garantir a certificação profissional do trabalhador e assegurar ao utente/paciente que não esta diante de um impostor e ser atendido com eficácia necessária.
Como preocupações, o Bastonário apontou o elevado número de pseudo profissionais que nos vários pontos do país, prestam assistência de enfermagem sem qualquer certificação técnica ou com certificação falsificada e que graves danos têm causado aos utentes que recorrem as suas unidades sanitárias.
O Bastonário da Ordem dos enfermeiros de Angola adiantou que este é um momento de suma importância, numa altura que o país celebrou os 40 da sua independência e também é um momento para grandes desafios já que grande parte dos profissionais com que o país conta são fruto desta Angola livre e soberana.
“ Eis pois o momento de reflectirmos profundamente, onde estamos e como fazemos o nosso trabalho, como cumprimos as nossas obrigações, como aplicamos os princípios éticos, deontológicos e as normas de humanização que aprendemos na academia”, adiantou.
Paulo Luvualo adiantou que o encontro deve servir para os participantes reflectirem também sobre o processo de enfermagem, que considerou uma ferramenta necessária para uma gestão eficiente dos cuidados a prestar aos utentes/paciente.
O III Encontro Nacional de Reflexão de Enfermagem, que decorre durante todo o dia de hoje, tem como objectivo geral reflectir sobre a qualidade da assistência de enfermagem prestada as populações, e objectivos específicos de propor a sua contextualização e colher contribuições para o Modelo de Processo de Enfermagem.
Dados disponíveis indicam que em 1975, Angola tinha cerca de 100 profissionais de enfermagem.
Desde a independência foram formados 61.132, dos quais 43.038 estão inscritos na Ordem e destes cinco mil 765 possuem a carteira profissional que os habilita a exercer a profissão, sendo 308 licenciados, 185 bacharéis, três mil 249 técnicos e dois mil 023 auxiliares. (portalangop.co.ao)