Banco de Moçambique anunciou, na sexta-feira, a liquidação do Nosso Banco, o terceiro maior banco com capitais maioritariamente nacionais, fechou as portas ao público devido a problemas financeiros.
O Banco Central anunciou o cancelamento da licença do “Nosso Banco” que está em condições tão precárias que não poderá ser vendido ou reestruturado. Os depositantes que tinham poupanças neste banco poderão retirar parte do seu dinheiro do Fundo de Garantia de Depósitos.
O administrador do Banco de Moçambique, Alberto Bila, considerou que a revogação da licença do ” Nosso Banco” era a única solução; “na situação em que se encontrava com rácios de solvabilidade muito abaixo de oito, porque oito é o mínimo legal, eles tinham rácios negativos com problemas de liquidez e também de injecção de capitais, não haveria outra solução.”
O Administrador Executivo do Instituto de Gestão das Participações do Estado, Raimundo Matule, descreve duas questões quanto a esta intervenção; “o primeiro lado é procurar proteger, o melhor possível, os depositantes singulares e o facto de o fundo de depósitos também tem limitações”, descreveu Raimundo Matule.
Conforme um decreto ministerial de Setembro, o montante que os depositantes do banco vão receber é limitado a 20 mil meticais. O Fundo de depósito vai, assim, compensar aos depositantes com esta quantia como descreve Raimundo Matule; “a capacidade que este fundo tem de intervenção não pode ir além dos 20 mil meticais. Isto é que gera todo um movimento de descontentamento. Por exemplo, uma pessoa que tiver depositado 100 mil meticais só pode dispor de 20 mil. A questão é como fica a situação dos restantes 80 mil meticais?” (Rfi)
por Lígia ANJOS