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    Moeda angolana perdeu 37% do valor face ao dólar no último ano

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    O kwanza angolano depreciou-se em mais de 37% no último ano, face ao dólar norte-americano, fruto da crise da queda da cotação internacional do barril de crude, que fez diminuir a entrada de divisas em Angola.

    A informação resulta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), ao qual a Lusa teve hoje acesso, sobre a venda de divisas  aos bancos comerciais, entre 14 e 16 de Setembro, a uma taxa interbancária média de 135,968 kwanzas (89 cêntimos de euro).

    Há cerca de um ano, esta mesma taxa rondava os 99 kwanzas por cada dólar  norte-americano, o que representa uma desvalorização de 37,3%, reflexo da falta de divisas que o país enfrenta, em função da quebra para metade da cotação do barril de petróleo, que representa mais de 98% das exportações angolanas.

    Na última semana, que contou com apenas três dias úteis, devido ao feriado do 17 de Setembro e à tolerância de ponto concedida pelo Governo para a sexta-feira, o BNA realizou vendas de divisas aos bancos comerciais no valor de 281,4 milhões de dólares, uma quebra de praticamente 40% face à anterior (de cinco dias úteis).

    Angola enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

    Desde o final de maio que o BNA tem em curso um programa para enfrentar a actual crise cambial no país. Contudo, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio acima dos 200 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

    A situação actual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

    O banco central anunciou no final de maio que aquela instituição passou a ter “elementos para flexibilizar” a gestão do mercado cambial,  nomeadamente através do aumento de dois para três leilões de divisas (vendas aos bancos) semanais, para regularizar o fluxo de divisas.

    “A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas”, afirmou a 25 de Julho o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior. (jornaldenegocios.pt)

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