As autoridades italianas duvidam da implicação da mafia no atentado que atingiu esta manhã as imediações de uma escola profissional em Brindisi, no sul do país.
A explosão de um engenho artesanal à hora do início das aulas, provocou a morte de uma aluna de 16 anos, ferindo outras cinco estudantes, uma das quais se encontra em estado grave.
Uma aluna afirma que viu, “uma das vítimas levantar-se após a explosão, com algumas queimaduras, mas nada sério, a gritar Melissa, Melissa, a vítima mortal, pois era a sua melhor amiga”.
Uma professora que assistiu também à explosão relata a mesma cena: “ela gritava Melissa, Melissa, como se soubesse que a amiga não ia resistir”.
A ação ocorre a dias do aniversário da morte do juíz anti-terrorista Giovanne Falconne e horas antes da passagem de uma caravana anti-mafia na região. Algumas fontes apontam também a proximidade entre a escola e o tribunal de Brindisi.
Para o presidente da câmara da cidade, “talvez o melhor seja começarmos por condenar o ataque terrorista pois não podemos excluir que seja obra de um louco. Mas penso que podemos excluir qualquer relação com o crime organizado que até hoje nunca recorreu a este método de ataque nem a este tipo de alvos”.
Tanto o ministro do Interior italiano, como o procurador de Lecce excluiram para já a implicação da mafia.
Brindisi é o bastião do grupo mafioso Sacra Corona Unita. Dezasseis membros da organização tinham sido detidos há dez dias na cidade de Mesagne, de onde eram originárias algumas das estudantes feridas no ataque. Duas delas são filhas de um ativista anti-mafia local.
Fonte: Euronews