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    Israel e Egipto reatam diálogo

    O Primeiro-ministro Benjamim Netanyahu mostrou-se satisfeito por existirem forças dispostas a avançar para a paz no Cairo

    Israel espera retornar à normalidade nas relações com o Egipto para preservar o acordo de paz estratégico de 1979 com o seu vizinho, apesar do ataque violento contra a sua embaixada durante a última semana no Cairo.
    “Estou feliz que existam forças no Egipto, começando pelo Governo, que querem fazer a paz avançar”, declarou Benjamin Netanyahu no último domingo, tendo-se referido, a propósito, ao fim-de-semana muito difícil e cheio de riscos.
    “Estamos em contacto com o Governo egípcio quanto aos procedimentos necessários para o retorno do nosso embaixador e a sua equipa de maneira que a segurança seja assegurada e que ele possa continuar a representar Israel no Cairo”, acrescentou, satisfeito, o primeiro-ministro.
    O embaixador de Israel no Egipto, Yitzhak Levanon, regressou ao seu país no sábado (com 80 membros da embaixada e as suas famílias), depois da missão diplomática ter sido invadida.
    Netanyahu felicitou o Presidente Barack Obama que passou por um momento crítico depois de usar a influência americana para resolver o problema. Os líderes israelitas agradeceram aos membros de um comando egípcio que resolveram o problema, talvez um pouco tarde, mas que evitaram um banho de sangue, segundo o ministro da Defesa, Matan Vilnai.
    As forças de segurança egípcias ajudaram seis guardas israelitas, encarregados da protecção da embaixada, que ficaram presos no local após a invasão dos manifestantes.
    Vários ministros israelitas adoptaram um tom conciliador. “Faremos tudo o que for possível para que as relações entre os dois países voltem ao normal”, assegurou Gilad Erdan, ministro do Desenvolvimento. “É de interesse tanto de Israel como do Egipto, mesmo se não for simples”, acrescentou Vilnai.

    Após a queda do Presidente Mubarak em Fevereiro deste ano, as relações bilaterais entraram numa zona de turbulência e agravaram-se ainda mais depois que cinco polícias egípcios serem mortos no dia 18 de Agosto pelas forças israelitas que realizam ataques no sul de Israel próximo a fronteira do Egipto. “Nós estamos comprometidos em preservar a paz com o Egipto”, prometeu Netanyahu no sábado. Há políticos israelitas preocupados com o isolamento de Israel em relação ao pedido de reconhecimento do Estado da Palestina na ONU.
    “Na Turquia, o Governo é contra nós. No Egipto, a população está contra nós e na ONU a maioria dos países-membros está contra nós”, resumiu o apresentador da rádio pública Aryeh Golan.
    O ministro da Defesa, Ehud Barak, convocou uma reunião especial para debater este isolamento crescente. Israel e Egipto cooperam pela paz e fraternida.

     

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: AFP

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