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    Isabel dos Santos prepara venda da posição na Galp

    Fontes da Amorim Energia, citadas pelo El confidencial, dizem que a venda de 33,34% na Galp está a ser preparada. Saída de Isabel dos Santos da Sonangol e morte de Américo Amorim explicam decisão.

    A Amorim Energia, o maior acionista da Galp, está a ponderar reduzir a posição de 33,34% que detém na maior petrolífera portuguesa, revelam fontes próxima da subsidiária citadas pelo El Confidencial (acesso livre/conteúdo em espanhol). Na origem desta decisão estará, segundo o jornal espanhol, um distanciamento entre os acionistas da Galp.

    Esta movimentação poderá também estar relacionada com as relações mais difíceis entre os dirigentes da Sonangol e Isabel dos Santos por causa dos dividendos da Galp, onde estão presentes de forma indireta. Com Isabel dos Santos sem margem de manobra na Sonangol e depois da morte de Américo Amorim, no verão de 2017, os laços históricos que uniam estes investimentos desapareceram, por isso, a a família do “rei mundial da cortiça”, como lhe chama o El Confidencial, e a filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, decidiram soltar amarras na relação que têm na Amorim Energia. Sendo que tudo aponta para uma venda da participação, sublinha o jornal económico espanhol.

    A questão não é trivial, sobretudo tendo em conta o facto de Amorim energia ter 33,34% da Galp, uma posição muito superior ao segundo maior acionista — o Estado português que detém 7% da petrolífera. A posição acionista da Amorim está avaliada pelo mercado em cerca de 3,8 mil milhões de euros.

    O Grupo Amorim, a holding da família Amorim, detém 55% da Amorim Energia e os outros 45% da Amorim Energia são da Esperaza Holding que, por sua vez, tem uma participação maioritária da Sonangol, a petrolífera nacional de Angola. Este veículo conta com uma participação minoritária de Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África e sócia de Américo Amorim em vários negócios. Além disso, Isabel dos Santos abandonou a liderança da Sonangol o ano passado, quando o atual Presidente angolano, João Lourenço, a decidiu afastar do cargo, que tinha conseguido manter, num primeiro momento, depois de o seu pai ter abandonado os comandos do país ao fim de 38 anos.

    Os trabalhos preliminares para avaliar o desinvestimento dos investidores da Amorim Energia surgem num momento de grandes movimentações no setor petrolífero. Recorde-se que, na semana passada, a Repsol vendeu a participação que tinha na Gás Natural à CVC por 3.816 milhões de euros. Também a Cepsa, controlada a 100% pelo fundo estatal dos emirados, International Petroleum Investment Company (IPIC) comprou 20% dos campos petrolíferos em Abu Dhabi. (Economia Online)

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