A campanha eleitoral para as presidenciais egípcias arrancou oficialmente esta segunda-feira. 13 candidatos estão na corrida à sucessão de Hosni Mubarak, deposto no ano passado. A primeira volta decorre nos dias 23 e 24 de Maio. O dirigente da Irmandade Muçulmana, que detém quase metade dos assentos no parlamento, é o favorito. “Vivi muito tempo à espera do dia em que será possível aplicar a lei de Deus, a Sharia, ao nosso povo” – declarou Mohammed Morsi. O candidato da Irmandade Muçulmana enfrenta a concorrência dos partidos islâmicos mais radicais que decidiram apoiar um dissidente do partido mais representado no parlamento.
No campo laico e liberal o candidato com mais hipóteses de passar a uma eventual segunda volta é Amr Moussa. O antigo chefe da diplomacia egípcia e ex-secretário geral da Liga Árabe apresenta-se como o candidato da reconstrução: “Eu acredito que o Egito tem sido ferido e tem sido mal governado. O Egito não pode começar a fazer experiências que nunca foram tentadas e que nos vão lançar num período de confusão” – afirmou Moussa durante a pré-campanha eleitoral.
Mas a confusão já está lançada. Os candidatos entraram na corrida sem conhecer os poderes do presidente. Os partidos políticos ainda não conseguiram formar a comissão que vai redigir a nova constituição e estabelecer o papel do chefe de Estado.
Fonte: Euronews