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    FMI prevê alterar avaliação da dívida dos países membros

    O quadro de avaliação da sustentabilidade da dívida dos países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode conhecer alterações, a curto prazo, informou o assistente do Departamento de Estratégia e Revisão de Políticas da instituição financeira, Marc Flanagan.

    Segundo Marc Flanagan, que é citado por uma nota de imprensa do Ministério das Finanças, a que a Angop teve acesso hoje (domingo), quando as alterações forem efectivadas o FMI vai adoptar informações mais específicas dos países.

    As referidas alterações devem levar em consideração três categorias de risco designadamente frágil, médio/moderado e forte.

    O especialista, que esteve acompanhado do director-adjunto do Departamento Africano do FMI, Abebe Selassie, alertou para a necessidade das projecções serem mais realistas e com menos erros de previsão.

    Marc Flanagan, que falava em Cotonou, capital do Benin, durante o Caucus Africano 2016, disse que testes feitos revelam que para previsões acima dos dois anos os erros/desvios chegam aos 15%.

    Em resposta a preocupação levantada pelo governador de Angola, João Boa Quipipa, em representação do ministro das Finanças, os especialistas do FMI clarificaram que a revisão do quadro de sustentabilidade da dívida vai contemplar mais indicadores.

    Disse tratar-se de indicadores de serviço da dívida para avaliação da sustentabilidade, de modo a não centrar-se exclusivamente no stock.

    Informou que no quadro das alterações em vista, a instituição pondera eliminar alguns indicadores que consideram o stock na medida em que introduzem redundância na análise e nos resultados.

    Os apresentadores valorizaram a proposta na medida em que, com essas novas alterações, o FMI pretende demonstrar o quanto evita que os países entrem em situações de crise de dívida.

    “Não se quer que haja crise de dívida em qualquer país porque leva muito tempo para sair dela. Os países não podem impedir o seu desenvolvimento com medo dos rácios de dívida”, salientou.

    Do ponto de vista de cronograma, a proposta será submetida à apreciação do Conselho de Direcção do FMI e, caso seja aprovada, deve entrar em vigor no segundo semestre de 2017.

    Esta proposta resulta da maturação da organização de Bretton Woods, para a qual se assiste uma mudança do panorama com riscos do mercado, e das críticas observadas nos últimos anos quanto aos limites e a sustentabilidade da dívida.

    No Caucus Africano 2016, Marc Flanagan e Abebe Selassie apresentaram a perspectiva de revisão de aspectos metodológicos do quadro de sustentabilidade da dívida dos países membros.

    A reunião congregou os governadores (responsáveis) dos ministérios das Finanças, Planeamento e bancos centrais dos países africanos junto do Banco Mundial e FMI, a fim de concertarem posições sobre as perspectivas económicas do continente. (ANGOP)

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