Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira em Nova York, cedendo terreno depois de superar a barreira dos 100 dólares.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do tipo “light sweet” (WTI) para entrega em Fevereiro fechou em queda de US$ 1,03, terminando a US$ 99,29.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento terminou em US$ 111,21.
O barril de WTI ganhou pelo menos US$ 8 desde o início de Dezembro e a semana passada. Depois de superar a barreira dos US$ 100 na sexta-feira, “o mercado fez algumas realizações de lucro”, afirmou Gene McGillian, da Tradition Energy.
Esse recuo surpreendeu bastante, segundo Robert Yawger, da Mizuho Securities USA, já que o relatório divulgado na última sexta pelo Departamento de Energia do EUA tinha todos os elementos para estimular uma alta dos preços.
“O retrocesso das reservas de cru, que perderam 4,7 milhões de barris (na semana finalizada em 20 de Dezembro), foi o dobro do que o previsto; as reservas de gasolina e de produtos destilados também caíram; e as refinarias funcionam a um ritmo que não se registava desde o final de Julho”, lembrou.
De qualquer maneira, “o mercado estima, sem dúvida, que a oferta continua sendo amplamente suficiente nos Estados Unidos”.
De fato, a produção de cru não para de crescer nos EUA. Na semana encerrada em 20 de Dezembro, foram extraídos pelo menos 8,111 milhões de barris diários, um nível recorde desde Setembro de 1988.
McGillian avaliou que, em parte, a queda das reservas de cru está relacionada às considerações fiscais de fim de ano e que não surpreenderá se essas reservas subirem no início de 2014.
Outro factor que pesou no preço do cru nesta segunda-feira foi o anúncio da Companhia Nacional Líbia de Petróleo (NOC) sobre a retomada de algumas operações petroleiras no fim de semana.
A perspectiva de uma retomada das exportações líbias de cru afecta os preços, porque, em condições normais, esse país produz 1,5 mbd. Protestos armados bloqueiam, desde o final de Julho, os principais terminais de petróleo no leste da Líbia, provocando uma queda da produção para 250 mil barris diários. (afp.com)