Luanda – Os operadores do subsector dos diamantes estão em tempo de trabalhar para atingir, ainda este ano, a cifra de cinco por cento na produção de diamantes estabelecida no programa de governação para o período 2012-2017, considerou hoje, em Luanda, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.
O governante, que fez esta afirmação no final do encontro com os operadores do subsector de diamantes, disse que ainda se está em tempo de se ultrapassar este valor, uma vez que o problema não está na falta de capacidade interna de produção.
Referiu que a questão está ligada ao mercado que talvez não aconselhe a um aumento muito elevado da produção, já que pode interferir nos preços.
“Estamos em tempo de ultrapassar esta cifra. A questão é saber se é conveniente ou não do ponto de vista do mercado, porque do ponto de vista quantitativo do volume de produção, de facto estamos um pouco abaixo dos cinco por cento neste momento.
“Do ponto de vista dos valores, os resultados são bons”, disse o governante.
O ministro Francisco Queiroz fez lembrar que a cifra de cinco porcento é o valor relativo que está estabelecido no programa de governação 2012-2017 para o crescimento anual da produção de diamantes.
Disse que o problema em atingir esta cifra não está na falta de capacidade interna de produção pois, adiantou, “há possibilidade e capacidade de produzir talvez um pouco mais”.
No sentido de se ultrapassar esta situação, informou terem sido dadas instruções a Endiama E.P no sentido de trabalhar com os operadores, nomeadamente a Sociedade Mineira de Catoca para fazerem uma reflexão e apresentarem um
estudo ao Ministério da Geologia e Minas.
Em relação a produção artesanal de diamantes, explicou que esta iniciativa constitui preocupação, por causa da “evasão estrangeira” que existe nas regiões diamantíferas pois, disse, se fosse uma produção exercida só por nacionais, a
sua gestão seria muito mais fácil e confortável.
“Isto exige um estudo que está a ser feito, superiormente orientado para ver se conseguimos regularizar”, disse o ministro.
Esclareceu que a produção artesanal é um meio que vai permitir atingir a produção industrial, passando pela semi-industrial.
“Estamos a tentar fazer com que a produção artesanal actual evolua para uma produção semi-industrial e mais tarde para uma industrial, porque é com base na produção industrial que o país vai desenvolver de modo sustentável”, sublinhou.
Lembrou que a produção artesanal existe e é um facto, o sector vai olhar e cuidar dela e definir uma estratégia para lidar com este fenómeno, acrescentando que “Vamos ter que ultrapassar um dia a produção artesanal”.
Francisco Queiroz disse que o encontro serviu para avaliar o desempenho do sector com base no programa de governação 2012-2017.
“Precisamos de ter informações provenientes das empresas na forma de dados estatísticos para permanentemente mantermos informado o titular do poder executivo e as comissões do Conselho de Ministro que se encarregam de
acompanhar o sector.
Trabalhamos com as empresas em colaboração com a Endiama E.P para sensibilizar os operadores a fornecerem dados dentro da metodologia que foi estabelecida pela direcção nacional de geologia e de minas”, acrescentou o ministro.
O governante disse que este trabalho foi feito e constatou-se que os dados que as empresas têm enviado, através da Endiama E.P e directamente para o Ministério, são do ponto de vista qualitativo bons.
Precisamos é de aumentar o número de dados.
Do ponto de vista da oportunidade, continuou, precisa-se de alguma correcção no sentido de se fazer com que os dados cheguem a tempo de poderem ser tratados e dar a conhecer aos órgãos de acompanhamento político de execução do programa de governação. De acordo com o ministro, as questões do ambiente também foram vistas. (portalangop.co.ao)
