Uma noite de “pesadelo” foi o que milhares de migrantes e refugiados passaram de segunda para terça-feira, na fronteira entre a Grécia e a Macedónia. Mais de 7000 pessoas estão bloqueadas entre os dois países devido ao reforço de controlo sobre quem pretende cruzar a fronteira para norte.
A muita chuva, o frio e o nevoeiro tornaram a pernoita muito difícil para os migrantes. “Foi um pesadelo. Acordámos numa piscina. Fomos forçados a deslocar a nossa tenda para outro sítio porque baixo já corria água. Foi uma noite muito difícil”, contou Yusuf, um migrante oriundo de Damasco, capital da Síria.
Após as restrições impostas na semana passada pela Áustria, Croácia e Eslovénia, três países da União Europeia (UE), bem como pela Macedónia e Sérvia, que limitaram o número de entradas em ambos os países, a Grécia advertiu que o atual número de refugiados no seu território— atualmente em cerca de 22.000 — poderá subir rapidamente para 70.000.
O Presidente da Macedónia garantiu, numa entrevista â revista alemã Der Spiegel, que a designada “rota dos Balcãs” utilizada pelos migrantes e refugiados será “encerrada” assim que a Áustria atingir o limite de entradas no país que fixou nos 37.500 para este ano, depois de já ter limitado a entrada no país a 80 requerentes de asilo por dia. “É necessa´rio uma decisão política agora. Para breve, já será demasiado tarde”, avisou Gjorge Ivanov.
Na segunda-feira, a polícia macedónia chegou a disparar gás lacrimogéneo contra um grupo de cerca de 300 sírios e iraquianos. O grupo tentou forçar a barreira de rede e arame que agora separa a Grécia da Macedónia, no posto fronteiriço de Idomeni. (EURONEWS)