O Plano Operacional da Prevenção de Transmissão do VIH de mãe para o filho 2019-2021 vai permitir tratar precocemente crianças seropositivas, através do diagnóstico precoce infantil e da aplicação de aconselhamento e testagem a iniciativa do provedor.
Inserido na campanha “Nascer Livre para Brilhar”, lançada pela primeira-dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, em Dezembro de 2018, o plano pretende reduzir a taxa de transmissão do VIH de mãe para o filho de 26 por cento em 2019 para 14 por cento até 2021.
De acordo com a Angop, o trabalho será realizado durante consultas de puericultura, vacinação, nutrição e outros serviços oferecidos às crianças.
O anúncio foi feito pela directora do Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS), Lúcia Furtado, que fazia a apresentação do plano durante um encontro da primeira-dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, com as esposas dos governadores provinciais e embaixadores do projecto.
Segundo a responsável, o plano é composto por quatro eixos: prevenção primária do VIH, da transmissão do VIH de mãe para filho, tratamento pediátrico e áreas transversais (combate de estigma e discriminação).
O plano tem com objectivo reduzir em 46 por cento as novas infecções do VIH até 2021 e aumentar a utilização do preservativo pelos jovens de 33 por cento para 65 por cento e 42 por cento para 70 em rapazes.
Avaliado em mais de 51 mil milhões de Kwanzas (cinquenta e um mil, quatrocentos e um milhões, seiscentos e trinta e nove mil e seiscentos e dois kwanzas e noventa e cinco cêntimos), prevê que em cada ano sejam necessários dezassete mil milhões de Kwanzas.
Acrescentou que numa primeira fase foram selecionadas para a implementação do plano as províncias de Benguela, Cuanza sul, Cunene, Huambo, Huíla, Luanda, Lunda Sul e Moxico.
Os grupos prioritários, para além de grávidas da população geral, serão as do meio rural, as adolescentes e jovens, em particular as mais vulneráveis: as mulheres trabalhadoras de sexo, as prisioneiras e os homens.
A visão do projecto é ter em 2030 uma Angola sem Sida pediátrica, graças ao acesso gratuito a serviços de qualidade de prevenção de transmissão de mãe para o filho e de prevenção, cuidados e tratamento do VIH, com base no respeito dos direitos humanos, género e equidade.