Luanda – O coordenador da subcomissão técnica para o desarmamento, comissário-chefe Paulo de Almeida, considerou nesta segunda-feira, em Luanda, necessário que se tracem estratégias para a reactivação das actividades daquele órgão, pelo facto de estarem a ressurgir casos de renitência, entre os cidadãos.
Ao intervir numa conferência de imprensa, informou que a província de Luanda continua a ser a zona do país com o maior índice de posse de armas ilegais, por parte dos cidadãos, sem se referir aos dados das demais províncias onde haja armas ilegais.
“Estamos preocupados com a posse e certa proliferação de armas ilegais, o que demonstra renitência quanto ao acatamento do programa de desarmamento. Continuamos a recolher as armas diariamente e consideramos que ainda existem muitas armas em posse ilegal”, declarou.
Para contrapor este cenário, a Comissão Nacional de Desarmamento da População Civil realiza a 16 do corrente mês uma reunião de balanço, para reactivar as suas estratégias de actuação, devido a constatação de alguma proliferação de posse ilegal de armas, sobretudo em Luanda.
Paulo de Almeida sublinhou que a campanha de desarmamento da população civil é parte do programa do Executivo e visa consolidar a paz e reconciliação nacional, desenvolvimento e estabilidade social.
Em Angola, o desarmamento dos cidadãos em posse ilegal de armas de fogo teve início em Maio de 2008 e compreendeu quatro fases, designadamente de “organização e sensibilização”, “entrega voluntária”, “recolha coerciva” e de “controlo”.
A Comissão Nacional para o Desarmamento foi criada com o objectivo de reduzir a proliferação de armas ligeiras e de pequeno porte, sobretudo as obtidas de forma ilícita durante o conflito armado que assolou o país, até 2002. (portalangop.co.ao)