A participação da Selecção Nacional de Angola no torneio internacional de basquetebol Super 4 Israel Sarmiento deixou perceptível que o conjunto precisa de trabalhar com mais acuidade o jogo exterior e os argumentos tácticos, para conseguir superar os seus principais adversários na corrida aos Jogos de Londres, a partir de 2 de Julho, na cidade de Caracas.
O aumento dos níveis de eficiência defensiva e ofensiva, tal como da eficácia do jogo exterior, além da melhoria do raciocínio táctico, são fundamentos que precisam rapidamente de ser corrigidos para dar outro apuro e consistência aos processos de jogo da equipa nacional.
O passado recente remete-nos para uma incursão mais profunda ao estado actual da equipa nacional angolana que não pode continuar a viver de nomes. Olímpio Cipriano, Joaquim Gomes “Kikas”, Carlos Morais, Armando Costa e Eduardo Mingas não podem, sem desprimor para os demais, levar a selecção ao colo, passe a expressão.
A equipa é baixa e com as carências que ainda denota no capítulo defensivo e da finalização precisa de encontrar argumentos tácticos alternativos, para contrapor a maior condição morfo-fisiológica da Macedónia e Nova Zelândia, adversários na primeira fase do torneio pré-olímpico. O inverso significará uma renúncia à presença em Londres, que passa também pela melhoria das condições de trabalho e da satisfação de alguns preceitos contratuais, até agora ainda não cumpridos pela direcção da Federação Angolana de Basquetebol.
A equipa técnica começa, a partir a partir de hoje, em Caracas, a corrigir os erros cometidos durante o torneio Super 4, traduzidos na insuficiente interpretação da defesa homem a homem e na zona 2×3, na qualidade dos lançamentos de campo e do jogo exterior e elevar a capacidade técnica individual para potenciar os níveis competitivos dos jogadores.
Para lá dos aspectos meramente competitivos, urge resolver, antes do início do pré-olímpico, todos os pendentes relacionados com o pagamento dos honorários devidos à equipa técnica e jogadores, que têm cerceado a sua prestação.
Aliás, durante o estágio no Brasil, a selecção esteve dias sem treinar, com todos os prejuízos advindos da situação.
Na segunda jornada do torneio, a equipa nacional perdeu diante da Venezuela, por 83-90, com já desfavoráveis 38-59. Num jogo atípico, com o trio de arbitragem a prejudicar nitidamente a equipa angolana, o que motivou uma reunião de emergência dos responsáveis da FIBA Mundo, enaltecendo que esse procedimento mancha a imagem do país e o trabalho de avaliação das equipas.