As autoridades alemãs revelaram as primeiras vinte e cinco obras de arte, de um total superior a 1400 obras roubadas e confiscadas durante o regime nazi.
As pinturas foram encontradas no apartamento do filho de um negociante de arte em Munique no ano passado.
O negociante de arte tinha ligações ao regime nazi.
A lentidão na divulgação das obras tem sido alvo de muitas críticas.
“Trata-se de uma questão de transparência. O importante é que agora é possível ver as obras pela internet e ouvir a opinião dos peritos. Isto já devia ter sido feito há muito tempo”, reagiu Dieter Graumann, presidente da comunidade judaica alemã.
Apesar da descoberta ter sido feita há mais de um ano, foi há pouco mais de uma semana que uma revista alemã divulgou os contornos do que aconteceu.
As autoridades justificam o silêncio com a necessidade de garantir a segurança das obras ao mesmo tempo que investigam o caso de evasão fiscal relacionado com o dono do apartamento onde as obras foram encontradas.
“Existe aqui uma questão de responsabilidade histórica da Alemanha assim como acautelar os interesses dos proprietários legítimos. Há uma investigação criminal a fazer assim como apurar a origem exata das pinturas”, adiantou Winfried Bausback, ministro de estado da justiça da Bavária.
Entre as obras contam-se trabalhos de Picasso, Chagall e Otto Dix entre muitos outros. Muitas obras foram roubadas ou confiscadas pelos nazis que as consideravam exemplos de arte degenerada.
Uma estimativa provisória aponta para um valor superior a mil milhões de euros. (euronews.com)