As autópsias aos automobilistas que morreram nas estradas mostram que, no ano passado, 24% tinham taxas de álcool no sangue acima dos 1,2 gramas por litro de sangue, valor a partir do qual está a prevista prisão.
Os dados são divulgados pelo Jornal de Notícias, citado pela RTP. Dos 581 autopsiados em 2017, 113 tinham mais do que 1,2 gramas de álcool por litro de sangue (g/l) ou seja, 19,4% do total. No ano passado, a taxa-crime foi encontrada em 129 dos 641 autopsiados, ou 20,1% do total. Acima da taxa legal (0,5 g/l), o número de casos passou de 170 para 172.
As autópsias mostram ainda extremos no comportamento dos automobilistas: ou têm uma taxa de álcool no sangue de zero ou ultrapassam o limite a partir do qual existe um crime. Mostram ainda que o consumo de canabinóides, de longe o mais prevalente, está associado ao álcool.
Os números mostram que há, cada vez mais, um aglomerar de casos nos extremos: entre os que estão consciencializados dos perigos de conduzir sem beber e, entre aqueles que bebem, o fazem sem moderação, quer sejam condutores, passageiros ou mesmo um peão.