Em discurso na ONU, Bolsonaro deve falar em doação de vacinas contra a covid-19 para outros países
Paraguai e Haiti devem ser os países citados por Bolsonaro
Presidente do Brasil vai abrir a Assembleia-Geral da ONU nesta terça (21)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai discursar na Assembleia-Geral da ONU na próxima terça-feira (21). A expectativa do Itamaraty é que Bolsonaro apresenta uma agenda positiva, com o intuito de melhorar a imagem do Brasil.
Segundo informações do Estadão, diplomatas tentam emplacar um anúncio de Bolsonaro de doação de vacinas contra a covid-19 para países da América Latina que vivem situação crítica, como Paraguai e Haiti.
No último discurso presencial que Bolsonaro fez na ONU, em 2019, o ministro das Relações Exteriores era Ernesto Araújo, enquanto o presidente dos Estados Unidos era Donald Trump. Dois anos depois, o chanceler brasileiro é Carlos França, enquanto o presidente norte-americano é o democrata Joe Biden.
No novo cenário, o Itamaraty espera que Bolsonaro adote um discurso com alinhamento à agenda dos Estados Unidos, da União Europeia e também da ONU. Segundo o Estadão, o discurso elaborado pelos assessores de Carlos França deve abordar a diplomacia da saúde, o combate ao desmatamento e também a recuperação econômica do Brasil.
A fala do presidente brasileiro deve ser básica e, diferentemente da fala de 7 de setembro, não deve falar diretamente com a base eleitoral bolsonarista.
Em uma live nas redes sociais, Bolsonaro havia dito que defenderia o marco temporal das terras indígenas do discurso. No entanto, segundo o Estadão, diplomatas do Itamaraty tentam convencê-lo do contrário, com medo da reação de ambientalistas e do governo norte-americano.
Clima de tensão na chegada
Sem estar vacinado contra a covid-19, Jair Bolsonaro enfrentou protestos ao chegaram no hotel onde se hospeda em Nova York. Na porta, manifestantes faziam um protesto contra o presidente da República. O presidente entrou no hotel pela porta dos fundos.
Pessoas sem vacina não podem comparecer à Assembleia-Geral da ONU, mas a regra não se aplica a chefes de estado.