O Petro de Luanda falhou o apuramento à fase de grupos da Taça da Confederação, ao consentir empate a dois golos diante do Coton Sport de Garoua dos Camarões em pleno estádio 11 de Novembro, na capital angolana.
Depois de ter perdido na primeira “mão” (1-2), nos Camarões, hoje em casa e diante de cerca 15 mil apoiantes em representação, o então único representante angolano nas Afrotaças teve a iniciativa de jogo. O adversário jogava em profundidade na intenção de apanhar os angolanos desprevenidos.
Aos dez minutos, na sequência de um cruzamento executado por Gilberto, Flávio “atrapalha” o guarda-redes contrário e Abdul apareceu na área para inaugurar o placar.
A defesa do Coton Sport parecia algo precipitada, o mesmo para o meio campo do Petro de Luanda que perdia sucessivas bolas na sua zona intermédia.
Aos 15 minutos, Kamilu Daouda silenciou o estádio ao marcar o tento da igualdade, golo que teve origem num passe errado de Job, Abdul tropessou e Lamá foi batido a quase quatro metros da baliza.
Com o placar igualado o equilíbrio foi a tónica, com os “tricolores” a falharem as poucas oportunidades que iam criando.
O Petro jogava para trás, o que causava algum descontentamento ao adeptos, e o Coton Sport pressionava cada vez mais, fechando as linhas de passe interior.
Aos 25 minutos os anfitriões beneficiaram de um livre directo mas a bola parou na barreira, numa execução de Gilberto.
Com o tempo, o Coton Sport motivava-se e, por muitas vezes, chegou a zona de golo. Lamá foi determinante ao adiar o segundo golo.
Com uma defesa muito actuante, os camaroneses facilitavam a vida ao único avançado angolano Flávio, que às vezes parecia prdido na zina de finalização.
As equipas foram para o intervalo empatas a uma bola. No reatamento, o Petro começou com uma alteração, com a entrada do avançado Ladji Keita para o lugar do médio de Manguxi.
Seis minutos apôs a entrada, o senegalês apontou o golo que relançava as esperanças.
Os camaroneses voltaram a subir para o ataque e criaram mais uma preocupação com um remate forte de Ndongo Luís.
A pressão vinda do Coton Sport era constante e só não empatou por falta de sorte, pois a “intermitência” da dupla de centrais (Abdul e Borges) era constante.
Keita parecia ser a unidade que faltava no Petro, visto que rematava sucessivamente à baliza contrária, que apenas tinha o seu guarda-redes para travar parar a bola.
Obrigado a chegar ao golo da tranquilidade sob pena de correr riscos, o Petro imprimiu velocidade ao desafio mas o adversário fazia o anti-jogo que retirava alguma qualidade à partida.
Contra a corrente de jogo, o Coton Sport chegou ao tento da igualdade com um forte remate de Djegouvé Cedric há quatro minutos do final da partida.
Assim a formação do Petro adia o sonho de regressar à fase de grupos de uma competição africana depois da última em 2006. (portalangop.co.ao)