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    Vinhos portugueses reforçam presença para consolidar liderança do mercado

    Vinhos portuguesesOs vinhos portugueses es­tão a tentar obter um espa­ço dominante no mercado angolano através de várias empresas, uma das quais, a Lusovini, que aposta na ex­clusividade de 14 produto­res e na formação.

    Casimiro Gomes está sa­tisfeito com os resultados já alcançados em Angola, onde a Lusovini se instalou em 2010 e facturou 2,5 milhões de dólares (1,8 milhões de euros) em 2012 e em que a meta para este ano é crescer 30 por cento.

    “A empresa foi criada em Portugal em 2009 e a primei­ra internacionalização foi em Angola, porque já tínhamos tido um projecto também vi­nícola, e conhecíamos as pes­soas. Seguiu-se o Brasil e, em 2012, Moçambique”, disse.

    Representando 14 produ­tores em exclusivo, uma no­vidade em Portugal, afirmou, a Lusovini aposta em Angola nas classes alta e média-alta.

    A receita assenta na logísti­ca: “Em 24 horas entregamos qualquer encomenda, e em 48 horas em qualquer ponto de Angola”, assegurou, salien­tando os contentores refrige­rados que a empresa utiliza.

    “Representamos produ­tores, de dimensão relativa­mente pequena que, juntos, fazem uma unidade muito interessante, com a vantagem de já serem produtores afir­mados, com provas dadas. O que lhes faltava era capaci­dade de internacionalização, dimensão”, considerou.

    Casimiro Gomes adiantou que os 14 produtores repre­sentados, nos vinhos verdes, do Porto, Douro, Dão, Bair­rada, Ribatejo e Alentejo, permitem à Lusovini ter um portefólio que cobre todos os tipos de mercado.

    “Só não entramos nos vi­nhos base, nos vinhos corren­tes”, acentuou.

    A presença em vários mer­cados externos permite fazer uma autêntica economia de escala, como seja proceder ao lançamento simultanea­mente em Lisboa, Luanda, Maputo e São Paulo.

    Outra diferença que a Lu­sovini quer vincar é a trans­missão de conhecimentos, para o que organizou na passada semana em Luanda uma acção de formação diri­gida por Luís Lopes, direc­tor da revista de vinhos, a responsáveis de compras da distribuição e quadros liga­dos à restauração.

    “Esta acção inseriu-se no programa europeu Organi­zação Comum de Mercado (OCM), destinado a promo­ver vinhos de países da União Europeia em mercados extra­comunitários. Angola tem-se revelado nos últimos anos um dos mercados mais activos do mundo na procura e no con­sumo de vinhos de alta qua­lidade”, salientou Casimiro Gomes.

    Com 25 colaboradores no país, a Lusovini considera que Angola é agora o merca­do a apostar no médio e lon­go prazo, a que se deve dar a “máxima atenção”.

    “Não é desprezível. Deve- -se dar a máxima atenção. Já foram os Estados Unidos e a Inglaterra. Agora é Angola porque, passou a ser o maior mercado de valor, é porque o mercado está a evoluir na qua­lidade. Está pagar melhor a qualidade”, concluiu.

    Angola é o principal consu­midor dos vinhos portugue­ses no mundo. Desde 2003 que é o mercado que repre­senta maior valor e, em quan­tidade, lidera desde 2005. Os produtores portugueses estão a apostar cada vez mais no país, onde o vinho luso goza de prestígio e de tradição. (Jornal de Economia & Finanças)

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