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    Tito Paris realiza quatro concertos para comemoração do Dia da Paz

    Tito Paris actua hoje, às 21 horas, no Hotel Palmeiras, em Talatona, marcando o primeiro concerto de quatro agendados no país, inseridos nas comemorações dos 17 anos de celebração do 4 de Abril, Dia da Paz e de Reconciliação Nacional.

    Amanhã, o cantor e compositor cabo-verdiano realiza o segundo concerto, à mesma hora, na Casa Viana, em Luanda. O terceiro concerto está marcado para sábado, no espaço “Morena Beach”, em Benguela, para brindar os habitantes da cidade das Acácias Rubras.

    De regresso à capital do país, a digressão de Tito Paris encerra, domingo, no espaço Jango da União dos Escritores Angolanos, numa co-produção entre a Grandes Mundos e o Projecto Palco do Semba.

    O artista, que se encontra no país desde quarta-feira, vai ser acompanhado por instrumentistas da Banda Maravilha. Tito Paris conta, no alinhamento musical, com colegas angolanos, nomeadamente Nikila de Sousa e Mago de Sousa, artistas convidados.

    Os ensaios decorrem desde, ontem, em ambiente de festa e troca de experiências entre os integrantes da produção artística, cantores e instrumentistas. Segundo o director de produção, Renato Menezes, a digressão do cantor cabo-verdiano, mais do que um momento de festa, traduz-se num reencontro entre irmãos, amigos e colegas que trabalham juntos há largos anos.

    “Tito é um amigo de Angola e tem muitos fãs, por isso, convidamo-lo para fazer esta digressão num momento em que comemoramos uma das datas mais importantes da história de Angola”, disse Renato Menezes.

    Afirmou que Tito Paris é um representante da cultura de Cabo Verde, embaixador da música cabo-verdiana, por isso, veio celebrar com os angolanos o que de mais precioso conseguimos preservar, “a paz”.

    Disse que os dois primeiros concertos, agendados para Luanda, são dedicados para casais, embora quaisquer pessoas possam assistir.

    “São concertos para casais porque vão decorrer em espaços cujo ambiente propicia uma interacção mais intimista e afável, requintada de adereços e tons românticos”.

    Com 8 álbuns lançados, Tito Paris é nome artístico de Aristides Paris. Compositor e cantor cabo-verdiano radicado em Lisboa, é um dos maiores responsáveis pela divulgação da música das ilhas da morabeza pelo mundo, além de uma figura de relevo da comunidade africana na Europa.

    Perfil do cantor

    Natural de Mindelo, nasceu no seio de uma família dedicada à música. Aprendeu os primeiros acordes da guitarra com a irmã, tocou com os irmãos e com o primo Bau, que também se tornou célebre e recebeu a influência do clarinetista Luís Morais, e o pianista Chico Serra. Aos 19 anos, viaja para Lisboa, a convite de Bana, para integrar a sua banda “A Voz de Cabo Verde”.

    No início da década de 80, em Lisboa, começou a conquistar espaço ao acompanhar Bana, Dany Silva, Paulino Vieira, Paulo de Carvalho, Celina Pereira e Vitorino Salomé. Como compositor, começa a escrever para vários artistas como Bana e Cesária Évora, período em que decide seguir uma carreira a solo. Aos poucos, torna-se num dos maiores embaixadores da música de Cabo Verde em Portugal.

    Em 1987, lançou e produz o primeiro álbum, “Fidjo Maguado”, em que destaca o seu virtuosismo à guitarra e mais tarde, em 1994, “Dança Ma Mi Criola”, pela editora MB Records de Boston, dos Estados Unidos. Em 1996, “Graça de Tchega”, o terceiro disco de originais, leva-o a actuar um pouco por todo o mundo e a promover a sua música e a de Cabo Verde.

    Em 2002, regressou ao estúdio para gravar e lançar “Guilhermina”. Os géneros musicais funaná, coladeira e morna, entre outros ritmos, tornam-se sinónimo das pontes culturais entre Cabo Verde e o mundo lusófono e não só e juntam-se à sua voz rouca, que chega aos quatro cantos do mundo.

    Artista de múltiplos recursos, além de cantor, toca guitarra ritmo, baixo e bateria. Comemorou, em 2012, 30 anos de carreira, com um grande concerto em Roterdão, com a Orquestra Metropolitana da Holanda, com o lançamento de uma fotobiografia acompanhada de um documentário, com um concerto esgotado no Coliseu dos Recreios de Lisboa e ainda a atribuição da medalha da cidade de Lisboa.

    As pontes que tem criado entre os países de língua portuguesa levaram-no a ser agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito, pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a 6 de Abril de 2017, ano em que lançou o álbum “Mim ê Bô”, que conta com a participação especial do falecido rei da morna Bana, com Boss AC e o músico brasileiro Zeca Baleiro.

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