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    Taxa de felicidade do mundo atinge menor nível em 10 anos, indica pesquisa

    As taxas de felicidade no mundo atingiram seus menores níveis em mais de uma década, com o número de pessoas que se dizem estressadas e preocupadas aumentando, indicou pesquisa publicada nesta quarta-feira.

    Abalada por conflitos, a República Centro-Africana foi o local mais infeliz do mundo no ano passado, e o Iraque ficou em segundo lugar, de acordo com ranking do instituto Gallup.

    “Colectivamente, o mundo está mais estressado, preocupado, triste e sofrido hoje do que jamais vimos”, disse o editor-gerente do grupo, Mohamed Younis, no prefácio do estudo.

    O instituto entrevistou mais de 154 mil pessoas em 146 países perguntando se elas sentiram dor, preocupação, estresse, raiva ou tristeza no dia anterior, e disse que o humor global está em seu pior momento desde que a primeira pesquisa do tipo foi realizada em 2006.

    A África subsaariana liderou o ranking, com 24 de 35 países pesquisados atingindo seu menor índice de felicidade em uma década em 2017, muitas vezes devido a conflitos civis que afectaram os sistemas de saúde e provocaram fome.

    “Na República Centro-Africana e alguns destes outros lugares, altas percentagens da população estão tendo dificuldade para conseguir o básico”, disse a principal autora do estudo, Julie Ray, à Thomson Reuters Foundation por telefone.

    A República Centro-Africana vem sendo assolada pela violência, e actualmente a maior parte do país está fora do controle do governo e cerca de três em cada quatro moradores disse ter sentido dor e preocupação.

    Mesmo países mais ricos não ficaram imunes à mudança de humor. Cerca de metade dos norte-americanos entrevistados disseram estar estressados, aproximadamente a mesma proporção vista na República Centro-Africana.

    O economista Jan-Emmanuel de Neve disse ser “perturbador” ver o humor global piorando, apesar do crescimento de riquezas e do progresso material no mundo.

    “Provavelmente existe um indicador mais estrutural ligado ao fato da riqueza crescente não ser suficientemente inclusiva”, disse De Neve, professor-associado da Universidade de Oxford que escreveu sobre a relação entre renda e felicidade.

    O Paraguai liderou uma segunda tabela de países mais positivos, para a qual moradores foram perguntados se haviam se sentido descansados, se foram tratados com respeito, se divertiram ou aprenderam algo no dia anterior.

    Devastados por guerras, Iémene e Afeganistão apareceram no fim dessa lista. (Reuters)

    por Umberto Bacchi

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