Angop
O reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN), Orlando da Mata, defendeu hoje, quinta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, maior envolvimento da academia na busca de soluções para reduzir os efeitos causados pela seca, que assola a região sul de Angola.
O académico fez esse pronunciamento quando discursava na cerimónia da abertura do XXI Encontro da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa (REALP), que acontece nas províncias da Huíla e do Namibe, respectivamente.
Referiu que a seca, que afecta a região sul do país, constitui um desafio para as universidades, por serem instituições com a responsabilidade de produzir estudos e investigações científicas que ajudam a atenuar o impacto negativo causado por certos fenómenos naturais, como é o caso da seca.
Disse ser necessário que as academias comecem a identificar políticas eficientes de reservas e uso racional da água, para evitar os problemas que a seca têm causado no sul do país, como doenças, morte de gado, carência alimentar, entre outros males.
Já o secretário de Estado para o Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Neto, realçou que o sector a que pertence está disponível em apoiar iniciativas de género, rumo ao desenvolvimento sustentável.
Essas iniciativas, frisou, estão alinhadas com os objectivos da Agenda 2020/2030 do Desenvolvimento Sustentável, particularmente no que tange à qualidade da educação e inovação e de infra-estruturas, cidades e comunidades sustentáveis.
Já a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social da Huíla, Maria Chipalavela, salientou que a realização do evento constitui oportunidade para se estimular e potencializar o esforço que o Centro de Biodiversidade do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da região tem realizado para desenvolver estratégias de valorização e gestão da biodiversidade.
O evento, promovido pela UMN e a Universidade Agostinho Neto (UAN), vai decorrer até ao dia 5 deste mês, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe, sob o lema “Ciência, Sociedade e Ambiente, A investigação Ambiental no Ensino Superior”.
Participam do encontro, que acontece no país pela segunda vez, sendo a primeira em 2013, delegados da REALP, estudantes e professores universitários, entre outras individualidades.