Sexta-feira, Maio 3, 2024
19 C
Lisboa
More

    Queda e assassinato de Kadafi abriram caminho para anos de caos na Líbia

    A Líbia está mergulhada no caos desde a queda e o assassinato do ditador Muammar Kadafi em em 2011, o que abriu o caminho para a luta entre dois governos paralelos neste país rico em petróleo.

    Esta é a cronologia da crise líbia desde o desaparecimento de Kadafi.

    – Assassinato de Kadhafi –

    Em fevereiro de 2011, os protestos começaram contra Kadafi, no poder por 42 anos, na esteira da Primavera Árabe da Tunísia e do Egito.

    Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França apoia uma insurreição armada, diante da qual o líder líbio foge, mas é capturado e morto em 20 de outubro em Sirte.

    Em agosto de 2012, o Conselho Nacional de Transição rebelde entrega o poder a uma autoridade transitória eleita um mês antes: o Congresso Geral Nacional (CNG).

    – Embaixadas na mira –

    Em 11 de setembro de 2012, o embaixador americano Chris Stevens e três funcionários da delegação dos Estados Unidos em Benghazi são assassinados.

    Em abril de 2013, um carro-bomba ataca a embaixada francesa em Trípoli, ferindo dois guardas.

    A maioria das embaixadas abandonam da Líbia.

    – Governos rivais –

    Eleições legislativas são realizadas em junho de 2014 e o CNG é substituído por um parlamento dominado por anti-islamitas.

    As milícias islâmicas rejeitam os resultados, são agrupadas sob o nome “Fajr Libia” (Amanhecer da Líbia), atacam Trípoli em agosto e instalam um governo de “salvação nacional”.

    Enquanto isso, o parlamento reconhecido pela comunidade internacional, se refugia em Tobruk, perto da fronteira com o Egito, na outra extremidade de Trípoli.

    A Líbia passa a ter dois governos e dois parlamentos.

    Após um ano e meio de negociações, em dezembro de 2015, eles criam um Governo de Unidade Nacional (GNA) apoiado pela ONU.

    Em março de 2016, o chefe do GNA, Fayez al Sarraj, chega a Trípoli para estabelecer o novo governo, mas o marechal Khalifa Haftar, uma administração rival, se nega a reconhecer sua autoridade.

    – Sempre o petróleo –

    Em junho de 2018, uma milícia ataca dois campos petrolíferos no nordeste sob o controle de Haftar, mas ele, depois de dois dias, anuncia que recuperou o controle.

    Seis meses depois, lança uma ofensiva contra os ricos depósitos do sul.

    – Eleições –

    Em 28 de fevereiro, a ONU anuncia que os adversários estão dispostos a realizar eleições e convoca uma conferência de todos os partidos para abril com o objetivo de estabelecer um calendário eleitoral.

    – Rumo a Trípoli –

    Em 4 de abril, as tropas que respondem a Haftar lançam uma ofensiva contra Trípoli e o governo de Fayez al Sarraj ordena que suas forças se preparem para resistir.

    No dia seguinte, as forças de Haftar são detidas em seu avanço a 30 quilómetros de Trípoli.

    Dois dias depois, Haftar anuncia que bombardeou um subúrbio da capital.

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Costa identifica problemas de “ponderação” em Marcelo e prefere ter explicações da PGR em tribunal em vez de no Parlamento

    "Não tenciono fazer comentários." Foi desta forma que António Costa, antigo primeiro-ministro, começou por responder às questões sobre a...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema