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    Provisões para perdas potenciais provocam prejuízo de 70 mil milhões Kz ao BNA

    Dúvidas sobre a recuperabilidade de empréstimos concedidos ao Banco Económico, ao Banco Angolano de Negócios e Comércio e ao Banco de Poupança e Crédito no âmbito de operações de redesconto obrigaram o Banco Nacional de Angola (BNA) a registar perdas por imparidades da ordem dos 300 mil milhões Kz. Auditores aprovaram contas com reservas.

    O BNA registou em 2017 um prejuízo equivalente a 70 mil milhões Kz, cerca de 426 milhões USD, o pior resultado do banco central desde 2008, com o conselho de auditoria (CA) e os auditores independentes a apontarem novamente a ilegalidade nos reembolsos dos financiamentos ao Estado e a instituições bancárias públicas e privadas.

    Os resultados do exercício de 2017 do BNA estão próximos do “buraco” nas contas do maior banco angolano, o público Banco de Poupança e Crédito (BPC), que em 2017 teve prejuízos de 73 mil milhões Kz (441 milhões USD), naquele que foi o maior prejuízo da história da banca nacional num exercício.

    Mas o banco central “destrona” o ex-Banco Espírito Santo Angola (BESA) do segundo lugar dos maiores prejuízos do sector financeiro e bancário, que, com os resultados negativos de 47,3 mil milhões Kz registados em 2014 passa, assim, para o terceiro lugar desta lista.

    O relatório e contas 2017 do BNA publicado esta terça-feira, com três meses de atraso, foi aprovado com reservas quer pelo CA, quer pelo auditor independente Ernst & Young (EY.) Durante praticamente todo o exercício, o BNA foi “governado” por Valter Filipe, que deixou o banco central em Outubro, sendo substituído por José Massano.

    O CA realça que o conselho de administração do banco central liderado pelo novo governador “adoptou procedimentos que permitiram salvaguardar o valor dos activos e a solvência dos passivos de modo apropriado” no exercício de 2017.

    Ainda assim, os conselheiros não excluem a possibilidade de existirem “distorções” que, “individual ou agregadamente” venham a ter impacto material, “relevante e profundo na instituição”. (Expansão)

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