Trabalhadores do Porto de Lobito, paralizam desde ontem o segundo maior porto de Angola, para exigir o pagamento de salários em atraso.
Mais de dois mil trabalhadores do Porto de Lobito, província de Benguela, no sul de Angola decidiram parar o trabalho desde esta terça-feira (23/08) para exigir o pagamento de quatro meses de salários em atraso.
O Porto de Lobito, o segundo maior do país a seguir ao de Luanda, é estratégico para a economia angolana e para os países da África Central e Austral.
Com a reabilitação da linha do Caminho de Ferro de Benguela, (na sequência dos estragos provocados por bombardeamentos durante a guerra civil, que terminou em 2002), países como a RDC e a Zâmbia estão a criar as infraestruturas necessárias, para permitir a retoma das suas exportações e importações através do chamado Corredor do Lobito.
A crise financeira que Angola atravessa, motivada pela queda do preço do petróleo, reduziu sensivelmente as importações e teve como consequência imediata a escassez de divisas no país, situação que os funcionários compreendem, reconhecendo também que a actividade no Porto de Lobito desacelerou, mas pedem um esforço à direcção da empresa, que entabulou contactos para tentar sair desta crise. (RFI)