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    Plataforma para negociação de dívida estará disponível em Julho

    António Furtado, BODIVA (Foto: Angop)
    António Furtado, BODIVA
    (Foto: Angop)

    De acordo com o presidente do conselho de administração da Bodiva, o grande objectivo é o lançamento da Central de Valores Mobiliários de Angola, a partir do segundo semestre deste ano.

    A plataforma para negociação no mercado da dívida corporativa estará operacional a partir de Julho próximo, segundo anunciou em entrevista ao Expansão o presidente do conselho de administração da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (Bodiva), António Gomes Furtado.

    De acordo com o responsável, o grande objectivo da sua instituição é o lançamento da Central de Valores Mobiliários de Angola (CEVAMA), a partir do segundo semestre deste ano.

    Com o lançamento da referida central, disse, haverá a “grande” oportunidade de se encontrar formas alternativas de financiamento à economia, o que se poderá processar através de investimentos, sobretudo em obrigações.

    “O mercado apresenta uma necessidade de lançamento de obrigações corporativas. Há muitas empresas que querem recorrer ao mercado para se endividarem, e isso só será possível quando nós tivermos a nossa plataforma para negociação a funcionar, o que vai ocorrer no segundo semestre deste ano. As empresas, neste momento, para se financiarem, recorrem fundamentalmente ao sistema bancário. O que nós estamos a procurar ver é que no futuro haja um espaço para que as empresas possam recorrer ao mercado para o seu financiamento”, sublinhou.

    Segundo disse, nos Estados Unidos da América, por exemplo, a maior parte das empresas recorre ao mercado para o seu financiamento. “Acho que cerca de 75% das empresas recorrem ao mercado para o seu financiamento e 25% ao sistema bancário. Na Europa, acho que há uma relação de 55% e 45%, e aqui 100% recorrem ao sistema bancário. Portanto, nós temos uma margem de progressão, e de facto temos de dinamizar o mercado para que as empresas tenham alternativas de financiamento”, realçou.

    António Furtado assegurou que a Bodiva está, neste momento, a trabalhar nesta plataforma, lembrando que, no âmbito do programa de acção da instituição, está previsto o lançamento do Mercado da Dívida Corporativa e o Mercado de Acções até ao final do ano.

    Seminário aborda oportunidades e desafios As oportunidades e os desafios para os agentes de intermediação no Mercado de Valores Mobiliários foram debatidos, na passada semana, em Luanda, num seminário promovido pela Bodiva, em que participaram representantes de várias instituições bancárias a operar no País.

    António Furtado justificou a realização do evento com a necessidade de se procurar ver as oportunidades que têm os bancos de investimentos no processo de dinamização do mercado.

    “Para além dos encontros regulares que temos tido com os membros do conselho consultivo da Bodiva, que integra os intermediários financeiros, companheiros de seguros, os investidores institucionais e os emitentes, também resolvemos alargar o processo de consultas a outras entidades que operam no mercado regulamentar, daí termos organizado este encontro com os intermediários financeiros”, indicou.

    A questão da abertura da ‘conta capital’ e alguns atrasos que se registam no processo de registo dos operadores foram, dentre outras, as principais preocupações levantadas pelos participantes, que questionaram também a possibilidade ou não de estrangeiros investirem em valores mobiliários, o tratamento a dar, nos casos da divisão de lucros e dividendos, assim como os impostos.

    Entretanto, o responsável fez saber que a Bodiva tem um protocolo de cooperação com a Comissão do Mercado de Capitais (CMC), no sentido de tentar agilizar e simplificar os processos de registo. Quanto à abertura da ‘conta capital’, afirmou estarem a trabalhar com a s estruturas competentes no sentido de se equacionar a questão, reconhecendo não ser “muito” fácil.

    “É um handicap se nós quisermos de facto ter dimensão da nossa actividade. A nossa actividade não pode ficar apenas circunscrita ao mercado nacional, mas também tem de estar aberta aos investidores internacionais”, frisou. (expansao.ao)

    Por: Francisco de Andrade

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