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    Moçambique: contrabando de madeira prejudica o governo em milhões

    O Governo moçambicano estimou hoje que o país perde, no mínimo, 150 milhões de dólares (140,7 milhões de euros) em contrabando da madeira, classificando a situação como “um roubo à luz do dia”.

    A quantidade de madeira declarada às autoridades moçambicanas é inferior à que é vendida no mercado internacional.

    “Há um roubo à luz do dia: o valor declarado aos moçambicanos não é o mesmo vendido no mercado, as discrepâncias são muito grandes”, afirmou o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia.

    O governante falava em conferência de imprensa no final da sessão do Conselho de Ministros, que fez o balanço da “Operação Tronco”, destinada a fiscalizar o setor da exploração da madeira.

    O país, prosseguiu, tira pouco benefício da exploração da madeira e perde entre 150 milhões de dólares (140,7 milhões de euros) e 200 milhões de dólares (187,6 milhões de euros) com o contrabando no setor.

    Segundo o ministro Celso Correia, o Governo definiu que o limite anual de corte de madeira no país deve ser de 500 mil metros cúbicos, mas há evidências de que o abate é superior a esse valor.

    Celso Correia declarou que a “Operação Tronco”, iniciada a 01 de março, detetou irregularidades graves em 75% dos 120 estaleiros de exploração de madeira fiscalizados, tendo sido apreendidos 120 mil metros cúbicos de madeira ilegal.

    “Entre a madeira apreendida, grande parte é madeira em toros e uma parte é madeira processada”, declarou Correia.

    As infrações detetadas incluem a exploração, armazenamento e transporte de madeira sem autorização e o corte de madeira em época de defeso, acrescentou.

    O Conselho de Ministros de hoje prolongou por mais três meses a interdição de corte de madeira que vigora desde o início do ano, como forma de redefinir um novo modelo de licença e reavaliar a atuação dos operadores.

    Relatórios nacionais e internacionais apontam que os recursos florestais estão em risco em Moçambique, devido ao abate indiscriminado e ao contrabando, praticados com a conivência de altos quadros do Estado. (Lusa)

    por PMA/EL

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