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    Cultura vai ocupar lugar de destaque no plano de desenvolvimento do país

    A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, considerou hoje, quinta-feira, em Luanda, que a Cultura vai ocupar um lugar de destaque no plano de desenvolvimento económico e social de Angola, razão pela qual todos os sectores devem trabalhar para que o sector alcance os seus objectivos.

    Na sua intervenção no acto da cerimónia de autógrafo de diplomas de mérito e de honra em alusão ao dia da Cultura Nacional, assinalado a 8 deste mês, a governante realçou que devem ser criados mais e melhores condições, de fusão, de reconhecimento e afirmação.

    “Primeiro em Angola, no continente e por último a nível global. A gestão cultural é uma actividade complexa, mediante subjectividades várias e que exigem, para além do domínio de competências ligadas directamente à gestão, um conhecimento de saber que requer cenários com a natureza simbólica e material dos bens culturais, a especificidade do público, as contingências do mercado, a natureza e os interesses dos vários intervenientes no sistema cultural”, reforçou.

    Realçou ainda que se deve promover a interacção dos artistas, evitando as cisões de grupos e as tendências discriminatórias, pois acreditamos numa cultura moderna, dinâmica e inclusiva que caracteriza os angolanos.

    Frisou que o sector vai incrementar a partir deste ano, os apoios para a valorização da música folclórica nacional, no quadro do resgate dos valores e valorização de projectos culturais com pendor local.

    Apelou à sensibilidade da classe artística no sentido de contribuírem para o resgate dos valores morais e culturais, através das suas letras, canções, danças e outras manifestações artísticas.

    “Temos que dar uma outra projecção à música folclórica, pelo que apelamos a todos os fazedores deste estilo no sentido de trabalharmos em comum neste sentido”, disse, reiterando que o Ministério vai trabalhar na promoção de grupos folclóricos nacionais, tendo em conta a importância que exercem na promoção da música tradicional angolana.

    De acordo com a ministra, as artes, nas suas mais variadas vertentes, podem contribuir positivamente para a mudança de mentalidade das pessoas, exprimindo sentimentos e valores sãos que enobrecem uma sociedade.

    Rosa Cruz e Silva disse que tendo em conta a degradação de valores e a par das iniciativas que o Executivo tem tomado, os artistas desempenham também um forte papel na consciencialização das mentes para um comportamento socialmente aceitável sobretudo nesta fase em que o país está em reconstrução.

    “Fazemos apelo a todos os artistas para trabalharmos em conjunto no resgate dos valores morais e culturais. Temos que começar a fazer músicas, letras, danças e a exibir outras manifestações artísticas que valorizem o nosso mosaico cultural”, disse.

    Para a governante, hoje, mais do que nunca, o desenvolvimento da África, em geral, e de Angola, em particular, passa necessariamente pelo desenvolvimento das línguas nacionais.

    “A longa trajectória dos povos que constituíram o espaço cultural angolano implicou um frutuoso intercâmbio, a partilha e troca de ideias, tornando o nosso universo linguístico numa esteira que foi tecida com elementos comuns, devendo privilegiar os pontos que nos unem para melhor conhecermos a nossa diversidade”, afirmou.

    Depois de reconhecer as insuficiências neste domínio, apontou haver também capacidades a nível do país para enfrentar os grandes desafios no cumprimento da ingente tarefa, sendo a estabilidade alcançada, com a conquista da paz, a livre circulação de pessoas, entre outras, como condições para a materialização do programa.

    Fonte: Angop

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