O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, mostrou-se preocupado com o desenvolvimento militar da China e pediu ao país vizinho que actue como um membro responsável da comunidade internacional.
Num relatório sobre Defesa, publicado no mês passado, o Japão expressou preocupação com a expansão naval da China e com a falta de transparência do governo de Pequim a respeito do rápido aumento do orçamento militar.
A China considerou o relatório “irresponsável” e insistiu que a modernização das suas forças tem um carácter estritamente defensivo.
As relações entre os dois países nunca foram cordiais, mas hoje cooperam em vários sectores, principalmente na área tecnológica, um procedimento sempre baseado em notáveis reservas.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, referiu que o seu país deseja estreitar relações com a China por ocasião do 40º aniversário, em 2012, do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Mas estou preocupado, também, com o crescimento do poder de sua defesa nacional, que carece de transparência, e com a aceleração das suas actividades marítimas”, acrescentou. O chefe do governo afirmou que espera da China um papel adequado como membro responsável da comunidade internacional, antes de manifestar o desejo de visitar o país vizinho quando for do interesse das duas partes. O primeiro-ministro japonês, conhecido pelas opiniões hostis sobre a China, provocou irritação em Pequim no passado ao afirmar que importantes criminosos de guerra japoneses da Segunda Guerra Mundial deveriam deixar de ser considerados como tal. Mas ao assumir o poder, Yoshihiko Noda pediu que nenhum membro do seu governo visite o memorial Yasukuni de Tóquio, que homenageia os mortos na guerra, uma atitude elogiada pelos outros países da região.
Fonte: JA
Fotografia: Reuters
