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    Catalunha em suspenso com provável nomeação de Puigdemont

    O líder do ‘Juntos pela Catalunha’ continua exilado na Bélgica e a região catalã debate agora como pode Puigdemont tomar posse.

    Um ponto de interrogação chamado Carles Puigdemont. É sobre o nome do anterior presidente da Generalitat catalã que recaem agora todas as dúvidas, depois de o parlamento catalão ter eleito esta quarta-feira o independentista Roger Torrent, do partido Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), para a presidência da assembleia.

    Com o exílio de Puigdemont na Bélgica, onde já se encontra desde o início de novembro, na sequência da declaração unilateral de independência da região e as consequentes acusações judiciais de Madrid, a questão centra-se na forma como empossar o candidato pretendido pela maioria composta pelos partidos independentistas. “A Esquerda Republicana só tem um candidato para a presidência da Generalitat, que é Carles Puigdemont”, afirmou Sergi Sebrià, deputado e porta-voz da ERC.

    O cenário de uma investidura virtual do antigo presidente já foi colocada em cima da mesa, como assumiu Jordi Turull, deputado e anterior representante do ‘Juntos pela Catalunha’: “Toda a gente fala sobre uma tomada de posse pela internet, mas talvez a Assembleia não esteja preparada para isso. Mas existem alternativas para que se dê posse à pessoa que a maioria dos deputados quer.”

    Uma tomada de posse à distância levanta muitas dúvidas a nível jurídico. Para os especialistas, como Eduard Roig, professor de Direito Constitucional na Universidade de Barcelona, a opção mais viável para Puigdemont é o regresso à Catalunha, mesmo com o risco de uma provável detenção, face às acusações de sedição, rebelião e desvio de fundos públicos.

    “Poderia haver uma opção para Puigdemont ser eleito, mas ele deve voltar ao Parlamento. A eleição ‘virtual’ é impossível ou, pelo menos, muito difícil. Ele incorre num crime de desobediência e é razoável esperar que isso, a meu ver, possa levar a uma detenção policial”, explicou.

    Agora, é preciso esperar para se perceber como vai ser o futuro da Catalunha. De acordo com a correspondente da Euronews em Barcelona, Cristina Giner, o parlamento catalão tem dois meses e meio para eleger um novo presidente da Generalitat. Caso contrário, serão convocadas automaticamente novas eleições. (Euronews)

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