RFI | João Matos
Depois de um domingo a ferro e fogo com ataques de grupos radicais palestinianos contra Israel, a responder atacando a Faixa de Gaza e matando palestinianos, nomeadamente, um responsável, a calma regressou hoje à região. A nível internacional, Washington, apoia os ataques de retaliação contra os palestinianos, apoiados por Irão, que denuncia uma “agressão selvagem” israelita.
A calma regressou hoje ao sul de Israel e à Faixa de Gaza, após três dias de confrontos entre forças israelitas e grupos armados palestinianos dos mais mortíferos dos últimos meses.
Segundo dois representantes palestinianos e uma cadeia de televisão pertencente ao Hamas, um acordo de cessar fogo foi assinado esta segunda-feira para pôr fim à violência que fez 27 mortos entre os palestinianos e 4 entre os israelitas.
Israel não confirmou formalmente a existência duma trégua com o Hamas e o seu aliado Jiad islâmico, que perdeu 7 homens no ataque de ontem, e que são consideradas organizações terroristas pelo Estado hebreu.
Círculos próximos do primeiro-ministro, Benjamim Netanyiahu evocam medidas recíprocas de regresso à calma. Segundo a rádio israelita 90 FM, o ministro da Energia Yuval Steinitz, acusa o Irão de ter alimentado esta escalada através do Jiad islâmico, financiado por Teerão.
Israel acusa o Irão de apoiar grupos radicais
Segundo o exército israelita, cerca de 700 roquetes foram disparados ontem por grupos palestinianos contra o território israelita, dos quais 240, foram interceptados pelo sistema anti-míssil Cópula de ferro.
O exército israelita afirma ter replicado com ataques a 350 alvos na Faixa de Gaza e ter morto um responsável cuja missão era transferir fundos do Irão. Trata-se do primeiro “assassínio com alvo identificado” por Israel, nos últimos 5 anos.
O grupo radical Hamas, já confirmou a morte do seu responsável na pessoa de Hamed Ahmed al Khodary, atingido por um míssil contra o seu carro.
A nível internacional, o presidente americano, Donald Trump, apoiou incondicionalmente as acções de Israel, mas disse estar a ultimar um plano de paz israelo-palestiniano.
Por seu lado, o Irão denunciou uma “agressão selvagem” do exército israelita em Gaza, onde o Ramadão começa esta semana.