A cidade de Cabinda regista uma escassez de gasóleo e de gasolina há duas semanas e está a provocar enormes filas de automóveis e motociclos nas bombas de combustíveis.
A propósito da situação, a direcção regional da Sonangol Distribuidora, negou falar sobre o assunto, sem orientação do conselho de administração da empresa.
De igual modo, os proprietários dos postos de abastecimentos de combustíveis do Serrano, Macaia e Manuel da Eira, recusaram-se a falar à Angop sobre as razões da falta de gasóleo e gasolina na cidade de Cabinda, capital da província com mesmo nome.
Entretanto, automobilistas e concidadãos mostraram-se descontentes com a situação e pediram soluções imediatas à Sonangol.
Alguns avançaram a necessidade de uma refinaria na região com vista a ultrapassar a situação das insuficiências de stocks de combustíveis.
Segundo os automobilistas, a construção de uma refinaria na região ultrapassaria também os constrangimentos provocados pelas marés altas (Calemas), que impedem o transporte marítimo e de combustível de Luanda para Cabinda.
A Angop soube que desde a construção, há mais de 20 anos, do Terminal Oceânico de Cabinda (TOC), localizado na aldeia de Fútila, cerca de 25 quilómetros a norte da cidade de Cabinda, junto do Complexo Petrolífero do Malongo, os reservatórios de combustíveis de gasolina, gasóleo, petróleo iluminante e Jet-Fuel, já não se ajustam às necessidades da província.
O petróleo iluminante e o Jet-Fuel vêm de uma pequena refinaria que se encontra no campo de Malongo e que também refina gasolina em pequenas quantidades somente para os meios das operadoras que se encontram no complexo do Malongo.
A escassez de combustíveis em Cabinda é uma situação que se repete. A última vez que aconteceu a Sonangol justificou estarem na base da ruptura dos stocks a impossibilidade de reposição, em consequência de altas marés na costa marítima de Cabinda, ou seja, das calemas que surgem nestas alturas do mês de Julho.
Em Dezembro de 2017, a Sonangol assegurou o aumento das capacidades de combustíveis à província, isto é, dos seus reservatórios de gasóleo e gasolina de 15 mil e 300 metros cúbicos para 40 mil metros cúbicos, para este ano de 2018, capacidades que continuam a ser insuficientes devido ao crescimento do parque automóvel e às dificuldades de recepção do navio Tanque, na costa de Cabinda. (Angop)