A Polícia Nacional (PN) em coordenação com Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, na segunda-feira,17, sete cidadãos nacionais com idades compreendidas entre os 28 e os 42 anos, acusados dos crimes de ocupação ilegal de residência, e desobediência e resistência às autoridades judiciais, na centralidade do Capari, província do Bengo.
Segundo a Polícia Nacional, entre os detidos estão três mulheres e quatro homens, indiciados pelos crimes de ocupação ilegal de residência, desobediência e resistência às autoridades judiciais.
Ao Novo Jornal, o director provincial de comunicação institucional e imprensa da delegação do Ministério do Interior na província do Bengo, inspector-chefe Gaspar Luís, disse que as detenções ocorreram durante a “operação despejo coercivo” que estava a ser operacionalizada por oficiais de justiça do Tribunal de Comarca do Dande, em coordenação com a polícia e o SIC-Bengo.
“Eles (os detidos) ocupavam ilegalmente alguns apartamentos na centralidade do Capari, concretamente no Bloco 8. Em função desta situação, o magistrado do Ministério Público (MP) junto do Tribunal de Comarca do Danda, emitiu uma ordem de despejo porque os cidadãos encontravam se a residir nas residências ilegalmente”, disse o oficial ao Novo Jornal.
De acordo com o responsável pela comunicação da delegação do MININT no Bengo, a detenção dos invasores ocorreu depois de os detidos terem desobedecido e mostrarem resistência às ordens de despejo dos oficiais de justiça.
“As detenções ocorreram na sequência da desobediência reiterada às ordens emanadas pelos oficiais de justiça afectos ao Tribunal de Comarca do Dande”, justificou Gaspar Luís.
Os implicados foram cadastrados e presentes ao início da manhã desta terça-feira,18, ao magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Bengo, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
O Novo Jornal apurou de fonte do SIC-Geral que a situação de ocupação ilegal de residências nas centralidades do Kilamba, Sequele, Zango 5 e no Bengo tem ocorrido com bastante frequência, principalmente desde que o Estado comercializou, a 27 de Janeiro deste ano, cerca de 2. 390 residências na centralidade do Zango 5, por via de um sorteio que foi bastante contestado pela população, sobretudo em Luanda, por apresentar o maior número de candidaturas.