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    Aécio diz que denúncias de ex-diretor da Petrobras apontam para novo mensalão

    (Foto de RICARDO MORAES/Reuters)
    (Foto de RICARDO MORAES/Reuters)

    O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) disse neste sábado que as denúncias de envolvimento nomes de parlamentares da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) configuram um novo esquema do mensalão.

    “O Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras. Na verdade, estamos frente ao Mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder”, afirmou o candidato tucano, referindo-se ao esquema de desvio de dinheiro público para compra de apoio parlamentar no primeiro mandato do governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Não se trata de um mal feito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente resolveu fazer ali. É um processo contínuo, orquestrado, organizado. E, ao que me parece, sob as bênçãos do governo do PT”, disse Aécio em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, onde participou do Grande Encontro de Lideranças do Pontal do Paranapanema.

    Segundo reportagem da revista Veja desta semana, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria citado em depoimentos à Polícia Federal dezenas de parlamentares da base aliada do governo, um ministro e três governadores como envolvidos num suposto esquema de corrupção na empresa estatal.

    Entre os nomes que teriam sido citados pelo ex-diretor da Petrobras na delação premiada estão os dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Aparecem ainda o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e três governadores, entre eles o ex-mandatário de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto num acidente aéreo em agosto.

    As primeiras notícias com informações sobre o teor dos depoimentos de Costa à PF surgiram na imprensa no fim da sexta-feira, um mês antes do primeiro turno das eleições.

    Aécio classificou a denúncia como “vergonhosa” e disse que “só existe um instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública do país, desse tipo de atitude, que é o voto”.

    O candidato do PSDB está em um distante terceiro lugar nas recentes pesquisas de intenção de voto e tem levantado o tom contra Dilma e Marina Silva (PSB), que têm aparecido muito próximas na liderança nas sondagens de Ibope e Datafolha no primeiro turno.

    Mesmo sob pressão, Aécio tem dito que confia que estará no segundo turno e que tem dúvidas sobre quem será sua adversária, por ele considerar a candidatura de Dilma frágil e já derrotada e a de Marina inconsistente. (reuters.com)

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