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    Mosquito e Coutinho entre os quinze maiores devedores do Banco SOL

    A Falcon Oil Holding, do veterano empresário António Mosquito, é a terceira empresa maior devedora do Sol, enquanto a Sopros, do «demitido» PCA do referido banco, é a oitava maior credora. As duas instituições receberam, no conjunto, 13,9 mil milhões Kz do banco.

    Os nomes das empresas dos accionistas do Banco SOL, nomeadamente Coutinho Nobre Miguel e António Mosquito, constam da lista dos 15 maiores devedores de «alto risco» daquela instituição financeiro, assim indica o relatório, a que o Novo Jornal teve acesso, sobre as actividades desenvolvidas pelo banco entre Abril de 2019 e primeiro trimestre de 2020.

    Trata-se do grupo empresarial Falcon Oil Holding, detido pelo empresário António Mosquito, e a Sociedade Angolana de Promoção de Shopping, conhecida por Sopros, que tem como sócio o banqueiro Coutinho Nobre Miguel. No conjunto, as duas instituições possuem uma dívida acumulada acima de 13,9 mil milhões de kwanzas naquela instituição bancária.

    Dividindo em partes, o crédito de «alto risco» da firma de António Mosquito está estimado em pouco mais de 10,4 mil milhões de kwanzas, ao passo que a dívida da empresa de Coutinho Nobre Miguel está avaliada em quase 3,6 mil milhões Kz, observou o Novo Jornal através do relatório da consultora Ernst & Young Angola sobre as demonstrações financeiras da instituição.

    A análise feita pela consultora EY sobre os 15 maiores devedores de crédito no Banco Sol indica, entretanto, que o mesmo está estimado em 116,9 mil milhões de kwanzas, “correspondendo a 49% do total da exposição global líquida de imparidades em balanço com referência a 30 de Abril de 2019”, acentua o documento com mais de 200 páginas, consultado por este semanário.

    A firma de António Mosquito recebeu um financiamento que tem vindo a ser reestruturado pelo banco, de forma a ajustar o plano de amortização de capital e juros, explica a consultora. “O plano financeiro inicial previa o reembolso da operação em cinco anos, com prestações mensais de capital e juro, tendo sido reestruturado para prestações anuais e, por último, pagamento bullet.

    Para além da introdução de períodos de carência de capital e juros, verificamos que as reestruturações apresentam um aumento do montante de financiamento concedido com capitalização de juros vencidos. Esta entidade [a Falcon Oil] não apresenta níveis de liquidez à vista ou a prazo no Banco Sol”, revelaram os consultores contratados.

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