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    Luanda: Comerciantes da Macambira retiram mercadorias dos estabelecimentos

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    Luanda – Os comerciantes da Macambira começaram a retirar hoje (quinta-feira) as suas mercadorias das lojas instaladas no recinto daquele estabelecimento industrial, que havia sido arrendado há várias pessoas colectivas e singulares, durante muitos anos, para a prática do comércio.

    Na manhã de hoje era visível a movimentação de mercadorias e o encerramento de muitas lojas. A mercadoria, segundo trabalhadores que falaram à reportagem da Angop, não se destinavam à área do Quifica (Benfica) – região apontada pelo Ministério do Comércio para transferência e alojamento dos comerciantes da Macambira.
    De acordo com um trabalhador da empresa “ Nova Distribuidora Alimentar”, que preferiu o anonimato, ainda não existe condições para os comerciantes irem ao Benfica, por isso, estão levando a mercadoria para armazéns ou outras lojas da empresa, algures em Luanda.
    Numa outra empresa de comércio de materiais de construção civil, os trabalhadores recusaram-se a falar, mas ouvia-se, no diálogo entre eles, que seria transportada para um outro recinto, mas não no Benfica.
    Por sua vez, a gestora da empresa Mapo – também arrendatária, Dulce Leite, disse que o Governo daria apenas espaço no Quifica aos comerciantes grossistas, mas a sua empresa é retalhista.
    Dulce Leite lamentou o facto de serem retiradas da Macambira sem restituição das rendas e de terem perdas com o pessoal.
    A Macambira foi arrendada a dezenas de empresas de várias áreas do comércio.
     A propósito do destino dos comerciantes, o gestor em exercício da Macambira, Salomão Nhanga, disse à Angop que desconhece o processo, por ser um assunto que compete ao Governo e que não sabe o destino que se dará às instalações depois do cumprimento desta medida.
    De acordo com a ministra do Comércio, Rosa Pacavira, em declarações à Rádio Luanda, os comerciantes da Makambira serão transferidos para o mercado do Quifica, no Benfica, para acabar com o congestionamento do trânsito na zona onde operavam, sua requalificação, assim como a delinquência.
    Rosa Pacavira disse que aqueles comerciantes vão para uma zona de mercado abastecedor ou de Cash Carry.
    Informou que o comerciante grossista interessado em adquirir um espaço no Quifica deverá requerer ao Ministério o Comércio.
    Conforme uma orientação do Ministério do Comércio (Minco), os arrendatários têm uma moratória para até dia 15 de Agosto retirarem toda a sua mercadoria que possuem no recinto da Macambira – antiga Fábrica Imperial de Borracha (FIB), que confeccionava tecidos, roupas e calçados.
    Em relação ainda à transferência dos comerciantes da Macambira, a Administração do Quifica disse que não está informada sobre o processo e que o mercado do Quifica já não dispõe de espaço para grossistas, nem mesmo retalhistas.
    “Não temos conhecimento oficial desse processo, temos ouvido através dos meios de comunicação social”, disse um responsável da administração à Angop. (portalangop.co.ao)

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