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    Exportações de Portugal para Angola chegam aos 2,2 mil milhões de euros

    As exportações de bens e serviços de Portugal para Angola atingiram os 2,2 mil milhões de euros, em 2023, colocando o país europeu, como segundo principal fornecedor do mercado angolano, logo após da China.

    A informação foi prestada esta sexta-feira, em Luanda, pelo embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, durante uma palestra sobre “A Revolução de Abril: Ponto de viragem do relacionamento Portugal/Angola”.

    Referiu que quase cinco mil empresas portuguesas exportam para Angola e há mais de 1.250 empresas com capital português ou misto, investindo em quase todos os sectores da economia de Angola.

    Detalhou que as construtoras são os “pontas-de-lança” da presença portuguesa na economia angolana, empregando largas dezenas de milhares de trabalhadores, na sua grande maioria cidadãos angolanos.

    Mas, falou também da presença de empresas nos ramos agroalimentar, agroindustrial, da energia renováveis, na indústria transformadora, na banca, das tecnologias de informação e telecomunicações, na metalomecânica, da água e saneamento, no sector farmacêutico, entre outros.

    Em todos estes sectores de actividade, sublinhou o diplomata, estas empresas, para além de criarem muitos milhares de empregos, directos e indirectos, formam capital humano, geram riqueza partilhada, assente no trabalho.

    Disse que o foco do seu trabalho em Angola é ajudar a atrair mais investimento português e inverter a tendência de diminuição da presença empresarial lusa, que se verificou nos anos de recessão económica em Angola.

    “Tenho procurado fazê-lo. E tendo em vista esse desígnio tenho reiterado que a forma mais eficaz de atrair novas empresas consiste em acarinhar as que já estão em Angola e que aqui se têm mantido nas horas boas e nas menos boas”, asseverou.

    No seu entender, é importante acautelar aspectos fundamentais para os investidores, como a previsibilidade dos pagamentos, repatriamento dos capitais e a segurança jurídica.

    “Confiamos e acreditamos em Angola. Foi nesse sentido, aliás, que demos um sinal importante em 2023, com o alargamento do plafond da linha de financiamento, ao abrigo da Convenção Portugal-Angola, de 1,5 para 2 mil milhões de euros”, afirmou Francisco Alegre Duarte.

    O relacionamento luso-angolano, estabelecido em 1976, é caracterizado por um diálogo político e visitas de alto nível regulares, demonstrando assim a vontade comum de aprofundar a relação entre os dois Estados, com benefícios mútuos para os seus povos.

    Nos últimos anos, concluíram-se mais de 60 instrumentos bilaterais nas mais diversas áreas.

    Com a assinatura do novo Programa Estratégico de Cooperação 2023-2027, a cooperação com Portugal, nos próximos anos, além das áreas tradicionais como a educação, saúde, a justiça, a defesa e administração interna, estender-se-á a novos sectores como o do turismo, a administração pública, a transição digital e a economia azul.

    Angola é a terceira maior economia da África Subsariana, o segundo maior produtor petrolífero do continente africano e um país rico em recursos naturais.

    É um dos principais parceiros comerciais de Portugal, sendo o 9º cliente de bens portugueses e o 11º fornecedor de Portugal. ART

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    FonteANGOP

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