DN|Lusa
Mais de 90% dos funcionários públicos da Guiné-Bissau aderiram à greve, que começou hoje e vai decorrer até quinta-feira, convocada pelas duas centrais sindicais do país para reivindicar a melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
“O balanço é positivo e superior às expetativas. Estamos acima dos 90% de adesão. Os serviços mínimos estão a ser cumpridos no Hospital Nacional Simão Mendes e na Câmara Municipal de Bissau”, disse, aos jornalistas, David Mingo, presidente da comissão de greve da Confederação dos Trabalhadores dos Sindicatos Independentes.
A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes, duas centrais sindicais guineenses, anunciaram a 01 de maio a realização de greves semanais, entre terça-feira e quinta-feira, até o Governo cumprir com um caderno reivindicativo de 37 pontos entre no início de janeiro.
Na semana passada, a função pública guineense também esteve parada entre terça-feira e quinta-feira.
No caderno reivindicativo entregue ao Governo constam dois pontos que são inegociáveis, nomeadamente o aumento do salário mínimo nacional e a subida da pensão de sobrevivência dos funcionários reformados da Função Pública.
As centrais sindicais reivindicam o aumento do salário mínimo para 150 euros.
Em agosto, o Governo aumentou o salário mínimo de 46 para 75 euros mensais, mas as centrais sindicais reivindicam um novo aumento, tendo em conta o aumento dos impostos e do custo de vida.
Questionado pelos jornalistas se as centrais sindicais já foram chamadas pelo Governo para negociações, David Mingo esclareceu que ainda não foram contactadas.