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Sábado, Novembro 9, 2024

As emissões de CO2 da China poderão estabilizar, ou mesmo diminuir ligeiramente, em 2024, graças as energias renováveis.

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Uma nova análise da Carbon Brief, baseada em números oficiais e dados comerciais, deixa em aberto a possibilidade de as emissões de CO2 da China poderem cair este ano.

No entanto, as recentes temperaturas recorde fizeram com que as emissões aumentassem em Setembro e as novas medidas de estímulo governamentais significam que existe agora uma maior incerteza sobre a trajectória das emissões do país.

As ondas de calor durante grande parte de Agosto e Setembro provocaram um grande aumento na procura de electricidade para ar condicionado, o que, combinado com a fraca produção hidroeléctrica, significou um aumento de 2% na produção de energia a carvão e um aumento de 13 % na energia a gás no terceiro trimestre, apesar do crescimento eólico e solar continuarem a bater recordes.

O aumento das emissões no sector da energia foi compensado pela queda das emissões provenientes da utilização do aço, do cimento e do petróleo, além da estagnação da procura de gás fora do sector da energia, o que significa que a produção de CO2 da China no terceiro trimestre manteve-se estável ou diminuiu ligeiramente, relativamente ao ano anterior.

Outras conclusões importantes da análise incluem:

A geração solar aumentou 44% no terceiro trimestre do ano e a eólica 24%, com ambas a continuarem a registar adições recorde de nova capacidade.

A produção hídrica aumentou 11% em comparação com os números afectados pela seca do ano passado, mas manteve-se aquém da produção esperada. A energia nuclear aumentou 4%.

A procura de petróleo caiu cerca de 2%, devido à queda da actividade de construção, ao aumento dos veículos eléctricos (VE) e dos camiões a gás natural (GNL), bem como aos fracos gastos dos consumidores.

As emissões do aço caíram 3% e as do cimento 12% no terceiro trimestre, uma vez que ambos os sectores continuaram a registar o efeito da queda da actividade de construção.

A indústria do carvão para produtos químicos recebeu um apoio político renovado e o consumo de carvão no sector aumentou quase um quinto no ano até à data.

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