A reconstrução do processo histórico-social angolano em “De Rios e Guerrilheiros- O Livro dos Rios”, de Luandino Vieira, “Noites de vigílias”, de Boaventura Cardoso e “O Reino das Casuarinas”, de José Luís Mendonça, será abordado nesta quarta-feira (30) numa promoção da União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.
Para a abordagem do tema a UEA contará com os préstimos do docente de literatura da Escola Superior Pedagógica do Bengo, Joaquim João Martinho.
Sobre o assunto, Joaquim João Martinho avança que fará uma análise dos sintomas caracterizadores da paródia da história, nas obras de Luandino Vieira, Boaventura Cardoso e José Luís Mendonça, com o propósito de reflectir como esses autores ficcionam a memória colectiva angolana e aferir de que contexto o lócus enunciativo emerge, uma vez que o recurso à história pode constituir uma forma de rebater a nação.
“Partindo dessa hipótese de que a escrita desses cultores se enquadra nesse ângulo, adoptou-se um enquadramento metateorético comparativista, buscando a escrita literária como suporte mimético das obras em análise.
Joaquim João Martinho adianta, por outro lado, pretende interrogar as causas pelas quais os autores constroem a tessitura literária calcada no processo histórico- social angolano.
Joaquim Martinho é professor de Teoria da Literatura na Escola Superior Pedagógica do Bengo. Ensina Literaturas Africanas de língua portuguesa no Seminário Maior de Luanda.
Licenciado em Ensino de Português pelo ISCED de Luanda e Mestre em Ensino da Literatura pela UNISAL.
Coordenador adjunto do comité científico do Centro de Estudos Populorum Progressio.
Frequenta o programa de pós-graduação em Estudos Comprados de Literatura de Língua Portuguesa da USP. (portalangop.co.ao)