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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Sucesso empresarial

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andrade ambrÓsio (foto: d.r.) - portal de angola
ANDRADE AMBRÓSIO
(Foto: D.R.)

Aproveito o espaço jornalístico cedido pelo JE, engrenando pri­meiro pelos equívocos concer­nentes ao tema em questão. Ser uma empresa com conta bancá­ria repleta e de grandes infra-estruturas, cujos proprietários/promotores estão de bem com a vida; ser uma empresa que alberga no seu seio um elevado número de empre­gados; ser monopolista ou cuja marca (pro­dutos ou serviços) seja alvo de uma certa demanda no mercado, mesmo possuindo propriedades e preços de venda duvidosos; ser uma empresa que tenha alcançado um volume de facturação ou outros resultados imediatistas no trimestre transacto; ser uma empresa dadora de um maior foco ao aumento da produção, da carteira de negó­cios, o foco na sofisticação da maquinaria, e no aumento das vendas, descurando-se do desenvolvimento profissional e socioe­conómico dos empregados; estes elementos são tidos, sobretudo, por pessoas leigas em matéria de gestão, como características de uma “empresa de sucesso”, porquanto, os livros atinentes às ciências de gestão aca­bam por contrariar.

Preciso de trazer à tona que o sucesso empresarial é o alcance ou ultrapassagem de forma contínua dos objectivos estraté­gicos estabelecidos por uma empresa, pre­tendo dizer que quando uma dada empresa se adapta constantemente às mutações do meio, através de planos de contingência ou consegue continuamente aplicar estraté­gias e atitudes que conduzem ao alcance sustentável das metas empresarias ante­riormente estabelecidas, está em condi­ções de chamar-se “empresa de sucesso”. Além disso, como é consabido, o alcançar do sucesso não se trata de uma actividade linear, os obstáculos e imprevistos nos meios que cercam as empresas são como as chuvas de Abril, pelo que se impõe que se “olhe com olhos” de águia, vulgo ser visio­nários, sobre tais fenómenos a fazer face. Deve-se ter constantemente em prontidão as respostas na ponta da língua.

Embrionariamente, devemos asse­gurar que as empresas sejam um autên­tico centro de aprendizagem grupal e de auto-superação, onde os constituintes se revêem nos ideais da empresa, gostem ou aprendam a ultrapassar os desafios assu­midos e tornem-se cada vez mais amigos dos números, para que a elaboração e aná­lise dos planos ou projectos de investimen­tos caracterizem as diversas actividades empresariais.

Prezados, é ainda salutar dizer, sobre­tudo aos empresários e gestores, da necessi­dade de não se subir em demasia a fasquia, pois cautelas são chamadas na hora de esta­belecer-se metas empresariais, na medida em que estas devem ser realistas e reali­záveis. É o mesmo que dizer que é preciso definir bem o chão e o tecto, sob pena de bandeirar-se em arco. Ser humilde, comuni­cativo e proactivo são virtudes que podem ajudar o gestor a mitigar tal imprecisão.

Oferece-me igualmente exaltar que uma empresa não deve desenvolver-se sozi­nha. O seu sucesso deve significar indu­bitavelmente, independentemente do seu objecto social, a satisfação das necessi­dades dos seus trabalhadores, dos clien­tes, dos fornecedores, dos accionistas, da comunidade, bem como das necessidades dos seus investidores e do Governo, pelo que, para as empresas, não importa sim­plesmente lucrar, mas sim ir lucrando sus­tentavelmente. (jornaldeeconomia.ao)

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